SITUAÇÃO

CATÁSTROFE NO RS: Gramado divulga atualização de mapas de áreas de risco; veja

Número de pessoas fora de casa diminuiu pela primeira vez em mais de 20 dias; 375 gramadenses puderam retornar para suas residências

Publicado em: 23/05/2024 12:59
Última atualização: 23/05/2024 14:20

O Gabinete de Crise de Gramado, que atua nas ações emergenciais após as chuvas intensas que atingiram a cidade e Estado entre o final de abril e início de maio, divulgou mapas atualizados de áreas de risco. 

Conforme a Prefeitura, apenas os locais que tiveram suas classificações alteradas foram publicizados e alterados na quarta-feira (22). Ainda segundo o Executivo municipal, os mapas divulgados anteriormente seguem vigentes e não sofreram modificações. As equipes continuam com os trabalhos de avaliações e monitoramentos, nos casos necessários.

Mapa atualizado da Linha QuilomboPMG/Divulgação
Mapa atualizado da Linha BonitaPMG/Divulgação
Mapa atualizado do bairro DutraPMG/Divulgação
Mapa atualizado da Linha Pedras BrancasPMG/Divulgação
Mapa atualizado do bairro Vila SuíçaPMG/Divulgação
Mapa atualizado da Linha Ãvila AltaPMG/Divulgação

As áreas que tiveram mudanças são a Linha Ávila Alta - com parte de terreno inclusa em risco moderado, em comparação à divulgação de 10 de maio; bairro Vila Suíça - que concentra o trecho da Emílio Leobet, considerado como Estrada Velha, além da Rua Gil, de parte da Rua Amazonas e Rua Roraima em classificação vermelha, de alto risco e apresenta casas em status verde, de baixo perigo; Linha Pedras Brancas - que agora se encontra totalmente como em elevado risco; bairro Dutra; Linha Quilombo - que teve ampliação de zonas vermelha, laranja e amarela; e Linha Bonita - que possui a maior parte da área em baixo risco, com zonas em risco moderado e elevado. 

O gabinete ainda relembra a diferença entre as classificações. Na área vermelha, moradores devem evacuar imediatamente as residências, sem possibilidade de acesso às estruturas em virtude do risco iminente de colapso.

Na laranja e amarela, o risco é alto e moderado, respectivamente, e os moradores devem evacuar as residências, mas podem acessar as estruturas para retirar móveis e outros pertences. 

Por fim, na verde, o perigo é baixo e qualquer registro de alteração no solo durante os monitoramentos, moradores serão alertados pelas equipes da Defesa Civil Municipal.

Em 20 dias, primeira baixa no número de desalojados

Novo boletim na noite de quarta-feira (22) foi divulgado nas redes sociais da Prefeitura. Oito novos pontos foram monitorados, totalizando 228 áreas atendidas. "A gente começa a observar mesmo que com o dia quente, um dia de sol, alguns pontos ainda tiveram desmoronamentos. Isso faz parte do movimento, desse processo de movimentação de solo que a gente vem tendo", afirma a secretária do Meio Ambiente, Cristiane Bandeira. 

Dois deslizamentos de terra foram registrados na quarta. "A gente teve um episódio próximo a Rua Gil com a Emílio, por isso a Estrada Velha segue bloqueada. E também tivemos um desmoronamento numa outra porção do Condomínio Alphaville, que acompanhamos durante a tarde para ver a extensão disso", complementa a representante da pasta. 

Os três pontos apontados por Cristiane possuem monitoramento permanente e são somados a outros três, bairro Piratini, Loteamento Orlandi e Três Pinheiros. 

"Não é porque tem sol que infelizmente as pessoas podem voltar para as casas, o solo segue se movimentando e novos deslizamentos podem ocorrer", frisa a procuradora geral, Mariana Reis. 

As duas servidoras reiteram que os pedidos de evacuação são principalmente para segurança e resguardo de vidas dos moradores da comunidade. Eventuais vistorias também podem ser solicitadas diretamente à Defesa Civil, a partir da visualização de abertura de valas, rachaduras no terreno, em muros e edificações.

Um número que se destaca é a diminuição de moradores desalojados, que passa a 1.323. Já moradores desabrigados são 262, que estão no Pavilhão da Igreja São José Operário, na Sociedade Moreira, na Sociedade Linha Furna, além de outros locais parceiros do município.

Assim, são 375 gramadenses que já puderam retornar para suas residências. O dado é levantado a partir do cadastramento e acompanhamento da Secretaria de Assistência Social do município. 

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