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TRÂNSITO

Assinado termo de início de obra para construir viaduto na RS-115, em Gramado

Interseção será instalada na frente da Sociedade Ipiranga, no bairro Várzea Grande, e deve ser concluída em 120 dias

Mônica Pereira
Publicado em: 11/01/2023 às 14h:50 Última atualização: 15/01/2024 às 17h:01
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Depois de muitos anos de reivindicação da comunidade de Gramado para garantir mais segurança na RS-115, no trecho do bairro Várzea Grande, nas proximidades do pórtico de entrada da cidade, foi assinado o termo de início de obra para a construção de um viaduto sobre rodovia estadual. A obra custará R$ 4,3 milhões, valor pago com recurso das praças de pedágio, e deve ser concluída em 120 dias.

Assinado termo de início de obra para construir viaduto na RS-115, no bairro Várzea Grande, em Gramado



Assinado termo de início de obra para construir viaduto na RS-115, no bairro Várzea Grande, em Gramado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

Com a medida, veículos e pessoas deixam de cruzar as duas pistas da via e passam a fazer essa travessia por cima da pista atual. O viaduto será instalado na frente da Sociedade Ipiranga e utilizará a topografia que já existe no local. O trânsito nessa nova estrada terá os dois sentidos e haverá um espaço destinado para a travessia de pedestres e ciclistas.

Com isso, o veículo que estará na Avenida 1º de Maio irá em direção à Sociedade Ipiranga, passará pelo viaduto e depois desce pela rua que será construída na área da praça Waldomiro Rissi e consegue acessar a RS-373, também conhecida como Avenida do Trabalhador e dá acesso ao Altos da Viação Férrea, por exemplo.

O viaduto será construído de forma mista, ou seja, com vigas de aço e a laje e o encontro em concreto armado. A estrutura terá um vão de 26 metros, 12 metros de largura e altura de 5,5 metros. Além disso, as obras contarão com intervenções que contemplam a construção dos acessos e a realização de ajustes nas ruas do entorno.

A promessa da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), responsável pela rodovia e também pelos trâmites licitatórios, é que a construção não vai interromper o trânsito no local.

O ato de assinatura ocorreu na manhã desta quarta-feira (11) e o vencedor da licitação foi o consórcio DWDB, que é composto pelas empresas DW Engenharia e Dobil Engenharia. O documento foi assinado em um evento que contou com a presença da comunidade e autoridades, como o prefeito de Gramado, Nestor Tissot, o diretor-presidente da EGR, Luiz Fernando Záchia, e o diretor-técnico da concessionária, Luis Fernando Vanacôr.

Assinado termo de início de obra para construir viaduto na RS-115, no bairro Várzea Grande, em Gramado



Assinado termo de início de obra para construir viaduto na RS-115, no bairro Várzea Grande, em Gramado

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL

Segurança

Conforme o diretor-presidente da EGR, havia uma proposta anterior de intervenções na rótula já existente no trecho, mas foi considerada pela empresa paliativa. Por isso, decidiram estudar uma nova opção para poder atender às demandas. Esta é a primeira obra iniciada pela EGR em 2023.

“A gente tinha que equacionar a questão da mobilidade, que fosse uma medida que resolvesse e que desse mais segurança. Quando você tira a possibilidade das pessoas precisarem atravessar a RS-115 e dos carros não terem que fazer esse cruzamento, não tenho dúvida nenhuma que a questão da segurança fica bem melhor”, atesta Záchia.

Para executar a construção, uma parte da praça Waldomiro Rissi, que é de propriedade estadual, precisará ser utilizada. “Temos o entendimento que a praça é importante para a cidade e não vamos tomá-la por completo, somente o necessário e faremos uma compensação em alguma outra área da cidade”, garante o diretor-presidente.

Estrutura

O diretor-técnico da EGR destaca que para elaborar o projeto foi necessário pensar nos fluxos de trânsito da RS-115, da Avenida do Trabalhador e também da Rua 1º de Maio. “Pelas normas, é estabelecido que a interseção dos dois eixos tem que ser feita em desnível e aí se usam os viadutos. Essas vias secundárias por vezes têm mais fluxo do que a própria rodovia principal. Então, viabilizamos que o viaduto fosse colocado nesse fluxo secundário em função da quantidade de veículos que cruzam a pista. Não haverá parada e o fluxo será contínuo”, frisa.

“Mesmo que a gente fizesse outro tipo de interseção, continuaria gerando fila para cruzar as pistas e isso gera ansiedade, momento da pessoa achar que consegue passar a tempo e assim os acidentes são causados”, completa Vanacôr.

Ainda de acordo com o diretor-técnico, o viaduto terá uma proteção que permitirá esconder a estrutura e que poderá ser utilizada como uma forma de divulgação da cidade. “Podemos colocar um bem-vindo a Gramado, mas é algo que vamos construir com a Prefeitura”, descreve. 

Mobilização

Morador do bairro Várzea Grande, o prefeito Nestor destaca que desde que quando era vereador, em 1992, já recorda de fazer reivindicações para melhoria da segurança da via. “Perdemos muitas vidas, infelizmente, mas chegou o momento de dar essa notícia, mesmo que tardia, para a região inteira. Me sinto feliz e recompensado por essa luta de muitas mãos e muita gente que lutou para buscar esse investimento”, destaca.

Na oportunidade, Nestor também pediu providências em relação à segurança do pórtico de acesso à cidade, que é bastante frequentado por turistas e que saem dos carros para tirar fotos e acabam cruzando a via. “Talvez um controlador de velocidade lá e também na rotatória, pois os carros andam em uma velocidade muita alta”, diz o prefeito.


Presidente da Associação de Moradores Vale das Montanhas, Dirlei Swaizer



Presidente da Associação de Moradores Vale das Montanhas, Dirlei Swaizer

Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL


O presidente da Associação de Moradores Vale das Montanhas, que representa a localidade, Dirlei Swaizer, também apontou essa problemática da rodovia no que diz respeito ao pórtico. Ainda em 2021, a entidade se reuniu com o governo estadual com a apresentação de um projeto para assegurar melhores condições de segurança.

“A gente sabia que algo estava sendo feito, mas fomos apresentados ao projeto agora. Claro que gostaríamos que o nosso projeto fosse acatado, mas, com certeza, é melhor do que está hoje. Só que demorou 30 anos e morreu tanta gente”, frisa. “Conversei com o Vanacôr e ele disse que tem previsão de duplicação da via com a concessão e que um viaduto em outra configuração pode ser construído. Vamos aguardar”, conclui o morador de Gramado.

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