CRIME ORGANIZADO
Homem é sequestrado em casa e fuzilado com mais de 60 tiros no Vale do Paranhana
Em liberdade provisória por vários crimes, executado em Parobé promovia festas com droga em Taquara, segundo a Polícia
Última atualização: 05/09/2024 17:09
Encapuzados invadiram uma casa onde eram promovidas festas com drogas, em Taquara, sequestraram o morador e o executaram com pelo menos 60 tiros, entre a noite de domingo (19) e a madrugada desta segunda-feira (20). O corpo foi encontrado em Parobé.
Para a Polícia Civil, o motivo é desavença no submundo do tráfico. A vítima estava em liberdade provisória por vários crimes, como tentativa de homicídio, roubos e receptação.
Os matadores vestiam trajes militares camuflados, toucas ninjas e coletes à prova de balas. Desceram de um HB20 preto, portando armas longas, e entraram na residência separada da Rua Da Empresa, no bairro Empresa, por estreita calçada. O motorista ficou no carro. O morador Charles Popik Dias, 24 anos, foi tirado à força e colocado no automóvel, por volta das 23h30 de domingo.
O socorro
Uma adolescente de 17 anos, parente de Charles, conseguiu escapar. Saltou a janela do quarto, quebrou o braço, buscou ajuda na vizinhança e foi levada ao hospital. Avisada logo depois, a Brigada Militar deu início às buscas pelos vales do Paranhana e Sinos. Uma ocorrência de sequestro foi feita na delegacia de Taquara.
O cadáver
Por volta das 3h30, a aproximadamente oito quilômetros da casa, na Rua Beira Rio, bairro Santa Cristina, em Parobé, a Brigada encontrou o cadáver de Charles. Estava de bruços com dezenas de cápsulas de calibres 9 milímetros e 40 ao redor. O local ficou isolado para perícia até as 8 horas. Em laudo preliminar, os peritos constataram pelo menos 60 perfurações no corpo.
Policiais apreenderam lança-perfume na casa
O delegado de Parobé, Gustavo Menegazzo da Rocha, revela a principal linha de investigação. “Acreditamos que a motivação seja pelo tráfico de drogas. O rapaz executado promovia festas na casa dele. No levantamento do local, nossa equipe encontrou frascos de lança-perfume.” Ele acrescenta que a forma de execução, parecida com outras na região, reforçam a tese de morte encomendada pelo narcotráfico.
Ainda segundo o delegado, a vítima não tinha profissão ou trabalho registrados. O carro usado pelos matadores não havia sido encontrado até esta noite. A Polícia busca imagens na região para tentar identificar as placas e os executores. Eles teriam usado espingarda e pistola.
Vítima aguardava júri por tentar matar assaltante
Charles aguardava júri pela acusação de tentar matar um assaltante rival no bairro Empresa, em Taquara, na noite de 4 de março de 2018. Conforme a denúncia, ele levou um adolescente para atirar em Saulo Silva Prestes, que tinha condenação por roubo à mão armada. Prestes levou vários tiros, mas sobreviveu. O delegado acredita que a execução de Charles não esteja relacionada a vingança pela tentativa de homicídio.
Ele chegou a ser preso pela tentativa de homicídio e solto no final de 2018 na mesma sentença de pronúncia que o mandou a júri. Nela, o juiz Rafael Silveira Peixoto entendeu que poderia responder em liberdade. O réu recorreu ao Tribunal, que manteve o júri. Charles já estava em liberdade provisória por prisão em flagrante em setembro de 2015, também em Taquara, feita pela Brigada Militar. Estava com material roubado. É outro processo criminal ainda não julgado.
Comoção nas redes sociais
A execução brutal gerou comoção nas redes sociais. “Meu Deus, meu coração dói tanto saber que meu irmão se foi”, postou nesta segunda uma irmã, que recebeu várias mensagens de conforto, com a de uma amiga: “Ai, meu amor, eu não tenho palavras que possam diminuir tua dor. Mas sinto profundamente pela tua perda. Que Deus mais uma vez te dê forças pra aguentar o luto. Se eu puder te ajudar de alguma forma, conta comigo”.
Encapuzados invadiram uma casa onde eram promovidas festas com drogas, em Taquara, sequestraram o morador e o executaram com pelo menos 60 tiros, entre a noite de domingo (19) e a madrugada desta segunda-feira (20). O corpo foi encontrado em Parobé.
Para a Polícia Civil, o motivo é desavença no submundo do tráfico. A vítima estava em liberdade provisória por vários crimes, como tentativa de homicídio, roubos e receptação.
Os matadores vestiam trajes militares camuflados, toucas ninjas e coletes à prova de balas. Desceram de um HB20 preto, portando armas longas, e entraram na residência separada da Rua Da Empresa, no bairro Empresa, por estreita calçada. O motorista ficou no carro. O morador Charles Popik Dias, 24 anos, foi tirado à força e colocado no automóvel, por volta das 23h30 de domingo.
O socorro
Uma adolescente de 17 anos, parente de Charles, conseguiu escapar. Saltou a janela do quarto, quebrou o braço, buscou ajuda na vizinhança e foi levada ao hospital. Avisada logo depois, a Brigada Militar deu início às buscas pelos vales do Paranhana e Sinos. Uma ocorrência de sequestro foi feita na delegacia de Taquara.
O cadáver
Por volta das 3h30, a aproximadamente oito quilômetros da casa, na Rua Beira Rio, bairro Santa Cristina, em Parobé, a Brigada encontrou o cadáver de Charles. Estava de bruços com dezenas de cápsulas de calibres 9 milímetros e 40 ao redor. O local ficou isolado para perícia até as 8 horas. Em laudo preliminar, os peritos constataram pelo menos 60 perfurações no corpo.
Policiais apreenderam lança-perfume na casa
O delegado de Parobé, Gustavo Menegazzo da Rocha, revela a principal linha de investigação. “Acreditamos que a motivação seja pelo tráfico de drogas. O rapaz executado promovia festas na casa dele. No levantamento do local, nossa equipe encontrou frascos de lança-perfume.” Ele acrescenta que a forma de execução, parecida com outras na região, reforçam a tese de morte encomendada pelo narcotráfico.
Ainda segundo o delegado, a vítima não tinha profissão ou trabalho registrados. O carro usado pelos matadores não havia sido encontrado até esta noite. A Polícia busca imagens na região para tentar identificar as placas e os executores. Eles teriam usado espingarda e pistola.
Vítima aguardava júri por tentar matar assaltante
Charles aguardava júri pela acusação de tentar matar um assaltante rival no bairro Empresa, em Taquara, na noite de 4 de março de 2018. Conforme a denúncia, ele levou um adolescente para atirar em Saulo Silva Prestes, que tinha condenação por roubo à mão armada. Prestes levou vários tiros, mas sobreviveu. O delegado acredita que a execução de Charles não esteja relacionada a vingança pela tentativa de homicídio.
Ele chegou a ser preso pela tentativa de homicídio e solto no final de 2018 na mesma sentença de pronúncia que o mandou a júri. Nela, o juiz Rafael Silveira Peixoto entendeu que poderia responder em liberdade. O réu recorreu ao Tribunal, que manteve o júri. Charles já estava em liberdade provisória por prisão em flagrante em setembro de 2015, também em Taquara, feita pela Brigada Militar. Estava com material roubado. É outro processo criminal ainda não julgado.
Comoção nas redes sociais
A execução brutal gerou comoção nas redes sociais. “Meu Deus, meu coração dói tanto saber que meu irmão se foi”, postou nesta segunda uma irmã, que recebeu várias mensagens de conforto, com a de uma amiga: “Ai, meu amor, eu não tenho palavras que possam diminuir tua dor. Mas sinto profundamente pela tua perda. Que Deus mais uma vez te dê forças pra aguentar o luto. Se eu puder te ajudar de alguma forma, conta comigo”.
Para a Polícia Civil, o motivo é desavença no submundo do tráfico. A vítima estava em liberdade provisória por vários crimes, como tentativa de homicídio, roubos e receptação.
Os matadores vestiam trajes militares camuflados, toucas ninjas e coletes à prova de balas. Desceram de um HB20 preto, portando armas longas, e entraram na residência separada da Rua Da Empresa, no bairro Empresa, por estreita calçada. O motorista ficou no carro. O morador Charles Popik Dias, 24 anos, foi tirado à força e colocado no automóvel, por volta das 23h30 de domingo.