MAUS-TRATOS
Homem é preso em flagrante por matar cachorro a tiros em Portão
Segundo o tutor, cão resgatado de situação de abandono era dócil e foi atingido ao entrar no pátio do vizinho
Última atualização: 15/01/2024 17:07
Um homem de 61 anos, suspeito de matar um cachorro a tiros, foi preso na tarde desta terça-feira (10), em Portão. O crime aconteceu em uma chácara no bairro Boa Vista e gerou comoção entre protetores da causa animal da cidade.
Segundo o tutor, um industriário de 49 anos, que pede para não ser identificado, o cachorrinho, Thor, havia fugido de casa no domingo (8). Ele escapou por um buraco na cerca para ir atrás de outros cães. Na terça, por volta das 13h40, o dono de Thor voltava para o trabalho depois do almoço, quando escutou dois disparos de arma de fogo seguidos por gemidos do animal vindos da chácara em frente à sua residência.
"Meu vizinho matou meu cachorro alegando que ele havia entrado na chácara e que estaria correndo atrás das ovelhas. O Thor era muito brincalhão e estava acostumado com ovelhas, já que brincava sempre com as que vivem na casa ao lado da nossa", conta o tutor.
Diante da situação, o dono de Thor acionou a Brigada Militar (BM), que deu voz de prisão em flagrante ao agressor por maus-tratos aos animais. Aos policiais, o homem apresentou a espingarda calibre 16 usada no crime e a documentação da arma. Levado à Delegacia de Polícia da cidade, ele foi autuado e encaminhado ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça.
"O crime não admite arbitramento de fiança por parte da autoridade policial. Apenas a autoridade judiciária pode arbitrar a fiança e decidir sobre a soltura, mas como se trata de crime afiançável e o réu é primário, provavelmente o mesmo responderá em liberdade", adianta o titular da DP de Portão, o delegado Marcos Mesquita. A reportagem tenta descobrir a atual situação do homem preso.
A pena para quem pratica atos de abuso, maus-tratos e violência contra animais no Brasil é de reclusão de dois a cinco anos. A punição é aumentada de um sexto a um terço se o crime causa a morte do animal. O termo "reclusão" indica que a punição pode ser cumprida em regime inicial fechado ou semiaberto, a depender do tempo total da condenação e dos antecedentes do réu.
Resgatado de situação de abandono
Segundo o tutor, há dois anos, Thor havia sido resgatado depois de ter sido abandonado. "Encontrei ele encolhido próximo da minha churrasqueira, magro e com uma corda no pescoço. O acolhi, cuidei dele, fiz uma casinha. Era um filhotão e muito dócil", relembra o industriário, lamentando a perda do amigo de quatro patas. "Falei para o meu vizinho que bastava ter me chamado, tinha resolvido a situação sem precisar matar o cachorro. Espero que ele pague pelo que fez, que a justiça seja feita."
Caso semelhante mobilizou Sapucaia há dois anos
Em outubro de 2020, um caso semelhante mobilizou os moradores de Sapucaia do Sul. No feriado de Nossa Senhora aparecida, no bairro Boa Vista, a cachorrinha Belinha, morreu em frente a um minimercado na Avenida Juventino Machado, no Loteamento Nascer do Sol, após ser atingida por tiros de chumbinho, disparados pelo dono do estabelecimento comercial.
O tutor do animal, um adolescente de 13 anos, e o primo dele faziam compras no local quando ouviram os disparos. Eles ainda tentaram socorrer a cachorrinha, que acabou morrendo instantes depois, nos braços do dono.
A Brigada Militar foi acionada e prendeu o comerciante, na época com 42 anos, em flagrante. A arma de pressão usada por ele foi apreendida. No momento da prisão, o homem disse aos policiais que a intenção não era a de matar o animal, apenas assustá-lo para sair do local. Ele acabou solto no dia seguinte. Passados dois anos do crime, a sentença para o comerciante que atirou contra Belinha ainda não foi definida.
Um homem de 61 anos, suspeito de matar um cachorro a tiros, foi preso na tarde desta terça-feira (10), em Portão. O crime aconteceu em uma chácara no bairro Boa Vista e gerou comoção entre protetores da causa animal da cidade.
Segundo o tutor, um industriário de 49 anos, que pede para não ser identificado, o cachorrinho, Thor, havia fugido de casa no domingo (8). Ele escapou por um buraco na cerca para ir atrás de outros cães. Na terça, por volta das 13h40, o dono de Thor voltava para o trabalho depois do almoço, quando escutou dois disparos de arma de fogo seguidos por gemidos do animal vindos da chácara em frente à sua residência.
"Meu vizinho matou meu cachorro alegando que ele havia entrado na chácara e que estaria correndo atrás das ovelhas. O Thor era muito brincalhão e estava acostumado com ovelhas, já que brincava sempre com as que vivem na casa ao lado da nossa", conta o tutor.
Diante da situação, o dono de Thor acionou a Brigada Militar (BM), que deu voz de prisão em flagrante ao agressor por maus-tratos aos animais. Aos policiais, o homem apresentou a espingarda calibre 16 usada no crime e a documentação da arma. Levado à Delegacia de Polícia da cidade, ele foi autuado e encaminhado ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça.
"O crime não admite arbitramento de fiança por parte da autoridade policial. Apenas a autoridade judiciária pode arbitrar a fiança e decidir sobre a soltura, mas como se trata de crime afiançável e o réu é primário, provavelmente o mesmo responderá em liberdade", adianta o titular da DP de Portão, o delegado Marcos Mesquita. A reportagem tenta descobrir a atual situação do homem preso.
A pena para quem pratica atos de abuso, maus-tratos e violência contra animais no Brasil é de reclusão de dois a cinco anos. A punição é aumentada de um sexto a um terço se o crime causa a morte do animal. O termo "reclusão" indica que a punição pode ser cumprida em regime inicial fechado ou semiaberto, a depender do tempo total da condenação e dos antecedentes do réu.
Resgatado de situação de abandono
Segundo o tutor, há dois anos, Thor havia sido resgatado depois de ter sido abandonado. "Encontrei ele encolhido próximo da minha churrasqueira, magro e com uma corda no pescoço. O acolhi, cuidei dele, fiz uma casinha. Era um filhotão e muito dócil", relembra o industriário, lamentando a perda do amigo de quatro patas. "Falei para o meu vizinho que bastava ter me chamado, tinha resolvido a situação sem precisar matar o cachorro. Espero que ele pague pelo que fez, que a justiça seja feita."
Caso semelhante mobilizou Sapucaia há dois anos
Em outubro de 2020, um caso semelhante mobilizou os moradores de Sapucaia do Sul. No feriado de Nossa Senhora aparecida, no bairro Boa Vista, a cachorrinha Belinha, morreu em frente a um minimercado na Avenida Juventino Machado, no Loteamento Nascer do Sol, após ser atingida por tiros de chumbinho, disparados pelo dono do estabelecimento comercial.
O tutor do animal, um adolescente de 13 anos, e o primo dele faziam compras no local quando ouviram os disparos. Eles ainda tentaram socorrer a cachorrinha, que acabou morrendo instantes depois, nos braços do dono.
A Brigada Militar foi acionada e prendeu o comerciante, na época com 42 anos, em flagrante. A arma de pressão usada por ele foi apreendida. No momento da prisão, o homem disse aos policiais que a intenção não era a de matar o animal, apenas assustá-lo para sair do local. Ele acabou solto no dia seguinte. Passados dois anos do crime, a sentença para o comerciante que atirou contra Belinha ainda não foi definida.
Segundo o tutor, um industriário de 49 anos, que pede para não ser identificado, o cachorrinho, Thor, havia fugido de casa no domingo (8). Ele escapou por um buraco na cerca para ir atrás de outros cães. Na terça, por volta das 13h40, o dono de Thor voltava para o trabalho depois do almoço, quando escutou dois disparos de arma de fogo seguidos por gemidos do animal vindos da chácara em frente à sua residência.