Perseguição na BR-116
Hamburguense é preso e vítima baleada na boca após assalto
Acusado ostentava viagens internacionais e se dizia estudante de Direito e Administração
Última atualização: 04/08/2024 22:03
Nas redes sociais, o hamburguense de 31 anos ostenta viagens internacionais e se diz estudante de Direito e Administração. Na tarde desta sexta-feira (27), foi preso em flagrante por roubo, receptação e tentativa de homicídio. É acusado de assaltar uma farmácia em Presidente Lucena, furar duas barreiras policiais em Morro Reuter e trocar tiros com brigadianos em Dois Irmãos, onde o condutor de uma caminhonete que nada tinha a ver com a história acabou sendo baleado na boca.
“Isso é um assalto. Passa o dinheiro”, ordenou o criminoso a uma funcionária da filial da Agafarma do Centro de Presidente Lucena, por volta das 13h30. Com uma arma apontada para a barriga, a atendente foi até uma colega, que passou o que tinha no caixa para o ladrão. As duas ainda tiveram que entregar celulares e o dinheiro que tinham na carteira.
O assaltante fugiu em um Sandero preto, onde um comparsa o aguardava. A dupla teria entrado em uma estrada da localidade de Picada Schneider para chegar à BR-116. Na rodovia, em Morro Reuter, o Sandero furou um cerco e passou a ser perseguido. Ao furar outra barreira, aumentou a quantidade de viaturas atrás dele. Em Dois Irmãos, a cem metros da entrada principal da Colônia Japonesa, bateu em um Gol e outros dois veículos acabaram colidindo, entre eles um Focus da Brigada.
AUTOR
O caroneiro saiu atirando contra os policiais, que revidaram. Ele conseguiu fugir pelo mato. No meio do fogo cruzado, o condutor de uma Ford Ranger, morador de Dois Irmãos, foi alvejado na boca. Os policiais prenderam o motorista do Sandero, Keoma Schuch de Mello, apontado como autor do roubo.
Material apreendido no carro agrava situação
Na delegacia de Ivoti, Mello foi reconhecido por vítimas como o assaltante da farmácia. “Além do roubo, está sendo autuado por receptação, em razão de documentos, celulares e objetos de outras vítimas encontrados no veículo, e também por tentativa de homicídio contra o cidadão alvejado e policiais militares”, declarou a delegada Michele Arigony.
O material roubado na farmácia, conforme a delegada, foi recuperado. Também foi encontrado no Sandero uma réplica de pistola. O automóvel, ano 2011, com placas de Novo Hamburgo, não aparece em ocorrência de furto ou roubo. Com licenciamento vencido, está em nome de uma moradora de Novo Hamburgo que seria tia do indiciado. O preso foi interrogado à noite, mas a versão dele não foi informada pela Polícia. O dois-irmonense baleado, segundo a Polícia, foi levado ao HPS de Canoas e não corre risco de vida.
Indiciado com status social
Morador de área de classe média no bairro Boa Vista, em Novo Hamburgo, Keoma Schuch de Mello, não tinha antecedentes criminais. Nas redes sociais, exibe fotos dele ao lado da companheira em pontos turísticos na Europa, principalmente na França. A Torre Eiffel, em Paris, aparece como local preferido. Em uma espécie de currículo on-line, se apresenta como acadêmico de Administração e de Direito.
Também informa que já trabalhou como auxiliar administrativo em escritório de advocacia e que foi dono de uma oficina de som e alarme automotivo. “Vá confiante na direção dos seus sonhos, viva a vida que você sempre imaginou”, postou ele, em março deste ano, no Facebook.
"Não parecia um bandido"
Uma das duas funcionárias atacadas conta os momentos de tensão. “Nunca tinha passado por uma situação dessas. É terrível.” Ela frisa que não desconfiou do homem que entrou na farmácia como cliente. “Não parecia um bandido.”
Ele foi logo ao ataque ou se passou por cliente?
Vítima - Ele entrou e me pediu um medicamento de uso controlado. A gente tem esse remédio. Pedi a receita. Ele abriu a carteira, como se estivesse procurando, e disse que achava que não tinha. Daí tocou o telefone dele. Ficou um tempo no aparelho e foi na direção da minha colega. Encostou uma arma na barriga dela e disse que era um assalto e que queria dinheiro. Minha colega veio até mim, pois eu estava no caixa. Abri a gaveta e entreguei o dinheiro.
O criminoso roubou algo mais?
Vítima - Assim que pegou o dinheiro, pediu nossos celulares. Depois mandou a gente abrir as bolsas e roubou o nosso dinheiro.
Quanto tempo durou o assalto?
Vítima - Nem cinco minutos. Antes de sair, ameaçou: ‘vocês fiquem quietinhas e não saiam daqui’. A gente viu que ele chegou em um Sandero preto. Quando fomos para a rua pedir ajuda, o carro já estava longe.
Quando ele entrou, você desconfiou?
Vítima - Olhando para ele, nunca desconfiaria. Um rapaz bonito, bem vestido e de boa conversa.
Nas redes sociais, o hamburguense de 31 anos ostenta viagens internacionais e se diz estudante de Direito e Administração. Na tarde desta sexta-feira (27), foi preso em flagrante por roubo, receptação e tentativa de homicídio. É acusado de assaltar uma farmácia em Presidente Lucena, furar duas barreiras policiais em Morro Reuter e trocar tiros com brigadianos em Dois Irmãos, onde o condutor de uma caminhonete que nada tinha a ver com a história acabou sendo baleado na boca.
“Isso é um assalto. Passa o dinheiro”, ordenou o criminoso a uma funcionária da filial da Agafarma do Centro de Presidente Lucena, por volta das 13h30. Com uma arma apontada para a barriga, a atendente foi até uma colega, que passou o que tinha no caixa para o ladrão. As duas ainda tiveram que entregar celulares e o dinheiro que tinham na carteira.
O assaltante fugiu em um Sandero preto, onde um comparsa o aguardava. A dupla teria entrado em uma estrada da localidade de Picada Schneider para chegar à BR-116. Na rodovia, em Morro Reuter, o Sandero furou um cerco e passou a ser perseguido. Ao furar outra barreira, aumentou a quantidade de viaturas atrás dele. Em Dois Irmãos, a cem metros da entrada principal da Colônia Japonesa, bateu em um Gol e outros dois veículos acabaram colidindo, entre eles um Focus da Brigada.
AUTOR
O caroneiro saiu atirando contra os policiais, que revidaram. Ele conseguiu fugir pelo mato. No meio do fogo cruzado, o condutor de uma Ford Ranger, morador de Dois Irmãos, foi alvejado na boca. Os policiais prenderam o motorista do Sandero, Keoma Schuch de Mello, apontado como autor do roubo.
Material apreendido no carro agrava situação
Na delegacia de Ivoti, Mello foi reconhecido por vítimas como o assaltante da farmácia. “Além do roubo, está sendo autuado por receptação, em razão de documentos, celulares e objetos de outras vítimas encontrados no veículo, e também por tentativa de homicídio contra o cidadão alvejado e policiais militares”, declarou a delegada Michele Arigony.
O material roubado na farmácia, conforme a delegada, foi recuperado. Também foi encontrado no Sandero uma réplica de pistola. O automóvel, ano 2011, com placas de Novo Hamburgo, não aparece em ocorrência de furto ou roubo. Com licenciamento vencido, está em nome de uma moradora de Novo Hamburgo que seria tia do indiciado. O preso foi interrogado à noite, mas a versão dele não foi informada pela Polícia. O dois-irmonense baleado, segundo a Polícia, foi levado ao HPS de Canoas e não corre risco de vida.
Indiciado com status social
Morador de área de classe média no bairro Boa Vista, em Novo Hamburgo, Keoma Schuch de Mello, não tinha antecedentes criminais. Nas redes sociais, exibe fotos dele ao lado da companheira em pontos turísticos na Europa, principalmente na França. A Torre Eiffel, em Paris, aparece como local preferido. Em uma espécie de currículo on-line, se apresenta como acadêmico de Administração e de Direito.
Também informa que já trabalhou como auxiliar administrativo em escritório de advocacia e que foi dono de uma oficina de som e alarme automotivo. “Vá confiante na direção dos seus sonhos, viva a vida que você sempre imaginou”, postou ele, em março deste ano, no Facebook.
"Não parecia um bandido"
Uma das duas funcionárias atacadas conta os momentos de tensão. “Nunca tinha passado por uma situação dessas. É terrível.” Ela frisa que não desconfiou do homem que entrou na farmácia como cliente. “Não parecia um bandido.”
Ele foi logo ao ataque ou se passou por cliente?
Vítima - Ele entrou e me pediu um medicamento de uso controlado. A gente tem esse remédio. Pedi a receita. Ele abriu a carteira, como se estivesse procurando, e disse que achava que não tinha. Daí tocou o telefone dele. Ficou um tempo no aparelho e foi na direção da minha colega. Encostou uma arma na barriga dela e disse que era um assalto e que queria dinheiro. Minha colega veio até mim, pois eu estava no caixa. Abri a gaveta e entreguei o dinheiro.
O criminoso roubou algo mais?
Vítima - Assim que pegou o dinheiro, pediu nossos celulares. Depois mandou a gente abrir as bolsas e roubou o nosso dinheiro.
Quanto tempo durou o assalto?
Vítima - Nem cinco minutos. Antes de sair, ameaçou: ‘vocês fiquem quietinhas e não saiam daqui’. A gente viu que ele chegou em um Sandero preto. Quando fomos para a rua pedir ajuda, o carro já estava longe.
Quando ele entrou, você desconfiou?
Vítima - Olhando para ele, nunca desconfiaria. Um rapaz bonito, bem vestido e de boa conversa.