Na onda da cultura norte-americana, o Halloween tem sido motivo para chamar os amigos e promover um momento de diversão, o que tem refletido no comércio. Lojas especializadas em decoração e fantasias têm registrado movimento intenso nas últimas semanas.
Caveiras, abóboras, esqueletos, foices e bruxas estão entre os objetos que mais se destacam nas vitrines e prateleiras. Há itens para todos os gostos, cores e preços, alguns inclusive com recursos eletrônicos.
O Halloween é uma festa que surgiu de um festival tradicional dos celtas e que depois passou a fazer parte da cultura dos Estados Unidos, quando os britânicos chegaram ao país.
Para os comerciantes, a festa, que popularmente também é chamada de Dia das Bruxas, é sinônimo de faturamento. A comerciante Luciara Sampaio, 40 anos, garante que o Halloween é o “Natal” da loja. “É a melhor venda do ano. Não existe nenhuma festa que vende mais, nem o Dia das Crianças. Já trabalho há 19 anos com isso e a cada ano aumenta a procura”, declara.
Os itens mais procurados segundo ela são as fantasias, com destaque para a roupa de Wandinha, da Família Adams, e adereços.
A Federação Varejista do Rio Grande do Sul pontua que outros setores também são impactados de maneira positiva pelo evento temático, como de doces e guloseimas. “Por fim, não podemos esquecer os estabelecimentos de entretenimento, como cinemas e parques temáticos, que frequentemente organizam eventos especiais para o Halloween”, descreve a presidente da entidade, Ivonei Pioner.
Os metalúrgicos Pedro Henrique Endres Pedroso, 24, e Jackson Pinheiro, 30, aproveitaram a data para promover uma festa. Na manhã da última sexta-feira (27), os cunhados foram até uma loja especializada comprar os últimos adereços. Segundo Pinheiro, eles costumam organizar comemorações em casa e, pela primeira vez, decidiram fazer uma festa temática de Halloween. A única exigência é que vá todo mundo fantasiado. “Vai ter decoração. A gente comprou esqueleto, fantasmas, plaquinhas e abóboras”, adianta.
O pequeno Bento Hannauer Bertotti, 5, também comprou uma fantasia. Acompanhado do pai, o empresário Edson Bertotti, 37, ele escolheu uma roupa para participar de uma festa em uma escola de Sapiranga. “Eu acho legal. É muito divertido e bacana”, comentou Bertotti.
Já Sophia Victoria Manzoni Pichtil, 8, garantiu o visual para duas comemorações, uma da turma de ballet e outra da escola de inglês. “Eu estou achando muito legal. É a primeira vez que participo”, conta. A mãe, a servidora pública Rosângela Manzoni, 45, foi quem ajudou a escolher os adereços e a vestimenta. “É bom ver coisas novas e a aprender sobre essa comemoração”, diz.
Origem do Halloween
Embora não tenha surgido nos EUA, ficou famosa apenas quando chegou nas terras norte-americanas, em meados do século 19, quando houve uma grande migração de irlandeses para lá. O Halloween é uma celebração típica da cultura britânica, principalmente na Irlanda, País de Gales e Escócia.
Historiadores apontam que o Halloween provavelmente surgiu de um festival praticado pelos celtas, povo que habitava as Ilhas Britânicas e que praticava uma religião pagã séculos antes da chegada do cristianismo na região. Esse festival, conhecido como Samhain, era dedicado aos mortos, mas também era uma passagem de ano.
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No começo do século 20, o Halloween começou a ganhar importância nos EUA e absorveu práticas tradicionais dos britânicos. O uso de abóboras passou a ocorrer nos Estados Unidos, mas teve inspiração em uma tradição irlandesa. Os irlandeses esculpiam um tipo de nabo com expressões macabras para afastar os maus espíritos, conforme os celtas praticavam o Samhain. Quando se mudaram para os EUA, a grande disponibilidade de abóbora fez com que esse fruto fosse utilizado em vez de nabo.
*Fonte: Mundo Educação
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