Se Campo Bom ficou conhecida como uma das cidades mais quentes do Rio Grande do Sul, o título só foi possível porque há registros oficiais para comprovar que os termômetros sobem “pra valer” no município.
É da estação de meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que completa 40 anos de funcionamento neste domingo (1º), que são registrados os dados oficiais sobre o comportamento do clima. Foi em 1º de setembro de 1984 que tiveram início as operações do local, com a cerimônia de inauguração realizada em 7 de setembro.
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Na foto (abaixo), estão o prefeito da época, Karl Heinz Kopittke, e ao seu lado o deputado Nestor Fips Schneider. Ao centro do portão, a menina Camile Hoffmeister, que soltou a fita inaugural. E, ao lado esquerdo, Nilson Wolff, que completará 71 anos em 31 de agosto, e está envolvido com o trabalho da estação desde o início, atividade que o fez ser conhecido como o homem do tempo.
Funcionário público municipal, ele é o encarregado pela estação, função que, desde de 2016, quando chegou a aposentadoria, exerce de maneira voluntária.
Wolff explica que graças aos dados da estação é possível emitir alertas de enchentes, informação fundamental para as equipes de Defesa Civil. “Além do mais, se conhece a característica do clima da região, com média da temperatura não só de Campo Bom, mas de Sapiranga e Novo Hamburgo, das cidades aqui na volta”, comenta.
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Ao longo desses 40 anos de registros, Wolff explica que foi possível observar que a média de geadas da região é de 15 por ano. “Neste ano, nós tivemos oito por enquanto. Então, provavelmente, não teremos as 15. Mas vale lembrar que já tivemos neve na região em setembro. Foi em 4 de setembro de 2006, em Novo Hamburgo”, lembra.
Nessas quatro décadas de registros, ele destaca o recorde de temperatura máxima em novembro de 1985, com 41.9°C, e a mínima de -1,8°C em julho de 2000 e julho de 2009. Já o mês mais seco neste período foi junho de 2016, com apenas 5,4 milímetros.
O mais chuvoso de todos os tempos foi o recente mês de maio deste ano, com 546,2 milímetros, o que ocasionou na mais catástrofe climática do território gaúcho.
“Antes, a observação era manual e eu precisava ir três vezes por dias lá. Isso foi até 2013, quando a estação ficou automática e se pôde acompanhar à distância a evolução da temperatura, direção do vento e quanto choveu. Hoje, você só fica de olho na manutenção”, explica.
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Wolff conta que Novo Hamburgo chegou a ter uma estação do Inmet na década de 1980, junto à Secretaria Municipal de Obras, mas o serviço foi desativado ainda naquele período.
A estação campobonense fica no Centro Municipal de Educação Ambiental Nestor Weiler (Cemea) e a equipe acompanha o trabalho de Wolff. “Eu tenho apoio do pessoal, porque ninguém é eterno”, conclui.
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