O Brasil viveu momentos de instabilidade nos provedores de internet. Na segunda-feira (23), usuários chegaram a ficar mais de duas horas sem sinal no Rio Grande do Sul, segundo o presidente da Associação dos Provedores de Serviços e Informações da Internet (InternetSul), Alexandro Scuck.
Scuck afirmou, através de comunicado, que “os provedores estão trabalhando desde o primeiro sinal de ataque, de forma contínua e sem parada, junto a suas equipes e ferramentas de mitigação de problemas pelo DDoS”. Ainda de acordo com a InternetSul, o número de provedores afetados no País pode chegar aos milhares. A Associação, no entanto, não especificou o número de prejudicados.
Há dois tipos de ataque: o distribuído de serviço, chamado de DDoS, e o de negação de serviço, o DoS. Ambos têm o intuito de sobrecarregar os servidores até derrubá-los, deixando-os fora do ar. A diferença entre os dois está na forma como é feito. No caso do primeiro, geralmente, os atacantes geram muitos pacotes ou solicitações, levando ao sobrecarregamento. No segundo, são utilizadas várias origens comprometidas ou controladas para gerar o atentado, segundo o site da Amazon Web Services (AWS).
Mas o que isso tem a ver com a guerra no Oriente Médio?
Os ataques começaram no dia 20 deste mês, na última sexta-feira, após um grupo cibernético chamado IRoX Team, que se afirma pró-Palestina, ter declarado uma cyber guerra contra Israel e seus apoiadores. Em um grupo de mensagens, eles deixaram uma programação para os atentados começarem.
No cronograma, o Brasil estava como primeiro alvo, junto dos países Canadá, Polônia e Espanha. Na manhã desta quarta-feira (25), o grupo afirmou que os ciberataques contra os três países foram temporariamente suspensos.
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