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NO SANTA MARTA

Grupo em posto de saúde oferece rede de apoio técnica para futuras mamães em Canela

O grupo Gestar Saúde foi lançado em maio, com o intuito de ajudar as mulheres grávidas neste momento delicado

Fernanda Steigleder Fauth
Publicado em: 02/08/2024 às 10h:21 Última atualização: 02/08/2024 às 10h:22
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As futuras mamães dos bairros Santa Marta e São José, em Canela, ganharam um espaço e uma rede de apoio dentro da unidade básica de saúde (UBS) da localidade. O grupo Gestar Saúde foi lançado em maio, com o intuito de ajudar as mulheres grávidas neste momento delicado. O posto trabalhava com grupos para gestantes antes da pandemia de Covid-19, contudo, com as restrições, as ações foram interrompidas.

Encontros ocorrem no posto do bairro Santa Marta



Encontros ocorrem no posto do bairro Santa Marta

Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

Os encontros semanais ocorrem na UBS Dr. Ruy Vianna Rocha, no Santa Marta, e são feitos não apenas para as mães de primeira viagem.

“O Ministério da Saúde preconiza que as unidades tenham grupos de prevenção. Com a pandemia, muita coisa se perdeu. Visando resgatar, com profissionais que foram chamados no último concurso, começamos com o grupo de gestantes”, explica a enfermeira Carine Zanchi.

Preparação

O formato atual do grupo foi montado a partir de experiências e ideias dos profissionais que integram o posto. A proposta é que seja algo dinâmico e nunca igual. “Com base no que tivemos, já projetamos melhoras e novidades para o próximo. A ideia é que seja multidisciplinar sempre, que exista a conversa entre os especialistas”, explica.

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Um cronograma é montado, com diferentes atividades, em horários e dias distintos. Participam dos encontros enfermeiros, assistente social, psicólogo, odontologista e médico. Mas o trabalho vai além das rodas de conversa: técnicas de enfermagem auxiliam a preparar os materiais, a recepção informa datas e horários e os agentes de saúde fazem a busca ativa por participantes.

“Nós preparamos os materiais, estudos, deixamos tudo pronto, mas não vamos chegar lá e largar. Vamos escutar essas mulheres e discutir o que interessa a elas”, reitera.

Entre as ações promovidas, as participantes tiveram oportunidades diferentes. O primeiro encontro foi com uma professora de yoga. “O yoga faz parte das atividades integrativas de saúde, onde trabalha a ansiedade, a respiração, que é fundamental para a gestante no trabalho de parto”, relembra a enfermeira.

Conteúdos como sinais e sintomas de cada trimestre e como reagir a eles, exames, doenças, amamentação correta, mudanças hormonais da gravidez, preparo para a chegada do bebê e até mesmo pós-parto e direitos das gestantes são abordados em diferentes dias.

Desafios com o frio

Conforme Carine, o cronograma é seguido de forma rigorosa pela equipe. “É importante para que a gente consiga ter a assiduidade da mulher. Também temos um horário de início e de término, cada encontro tem duração de 30 minutos, é curtinho para que ela saiba que não vai roubar muito do tempo dela e que não será cansativo”, afirma.

Carine é enfermeira do posto e uma das idealizadoras do projeto



Carine é enfermeira do posto e uma das idealizadoras do projeto

Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

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Uma das maiores dificuldades que foi observada pela equipe foi a pouca participação da comunidade, principalmente nos dias de muito frio. “Estamos tentando inovar, trazer brindes, para que a mulher perceba a importância das informações. Fazendo aquilo que estamos aconselhando, vai ter mais de 50% de chance de dar tudo certo na gestação e no parto, assim como evitamos muitas doenças congênitas que passam da mãe para o feto”, coloca.

A ESF Santa Marta, atualmente, tem 36 mulheres grávidas. O grupo possui uma rotatividade e não há data limite para começar. “A ideia inicial é que, no momento que a mulher teve o diagnóstico de gravidez, ela entre no grupo. Se ela entrou no terceiro encontro, vai fazer os três primeiros encontros do próximo grupo”, justifica a enfermeira.

“Uma mãe que participe um dia já é um ganho”

Para a enfermeira Carine, o grupo é uma rede de apoio. “Uma mãe que participe um dia, já é um ganho. Se eu conseguisse atingir a elas e conscientizar da quantidade de doenças, da quantidade de riscos, de erros que a gente pode evitar através das orientações do grupo, o quanto esse grupo é fundamental”, comenta.

Stefane Gross, de 19 anos, está de 35 semanas da sua primeira filha. A previsão é que Laura nasça em setembro e a jovem deseja ter parto normal. “É muito legal fazer parte, porque a gente tira nossas dúvidas. Se estamos em casa, acabamos procurando no Google, encontramos muitas informações. Aqui ficamos mais confiantes”, afirma.

Grupo de gestantes realiza encontros no bairro Santa Marta, em Canela



Grupo de gestantes realiza encontros no bairro Santa Marta, em Canela

Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

Já Gabriela Santos, de 34, terá o terceiro filho. Será uma menina, Eloá. Apesar de ter jovens de 18 e 12 anos, é a primeira vez que participa do grupo. “É bem interessante, se tivesse nas minhas outras gestações teria ajudado muito. Várias dúvidas que eu tinha não tirei antes”, pontua, com parto previsto para fim de setembro.

Grupo de gestantes realiza encontros no bairro Santa Marta, em Canela



Grupo de gestantes realiza encontros no bairro Santa Marta, em Canela

Foto: Fernanda Fauth/GES-Especial

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