Grupo de apoio a mulheres com câncer de mama completa oito anos de existência em Sapucaia

Abraços, beijos, sorrisos, aplausos, superação e emoção. Esta é a sequência do cardápio bem recheado, servido em todos os encontros do Grato – Grupo de Apoio ao Tratamento Oncológico, que nasceu dentro Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), em Sapucaia do Sul.

Nesta terça (15), o aniversário de oito anos de trabalho do grupo junto às mulheres com câncer de mama emprestou ainda mais significado à iniciativa. Com direito a bolo festivo e auditório da sede da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas lotado de gestores em saúde, pacientes em tratamento, pacientes que venceram a doença e especialistas na missão de salvar, a tarde foi dedicada a celebrar vitórias.

A coordenadora do Grato, Maria Lúcia de Souza Almeida, abriu os depoimentos lembrando o próprio caso. "Em 2017, o diagnóstico precoce e uma cirurgia na sequência possibilitaram minha cura do câncer de mama. Isso me fortaleceu para que eu passasse a ajudar tantas outras mulheres a vencerem a doença".

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A fotógrafa Priscila Magliano, de 37 anos, destacou a necessidade do autoexame desde cedo e que o tema não deve ser tratado apenas durante o "Outubro Rosa". “Aos 31 anos descobri o câncer. Sou o exemplo de que este mal não respeita idade e, por isso, precisamos falar sempre mais sobre o assunto em nossos grupos de relacionamento”, pediu ela.

A secretária municipal da Saúde, Flávia Motta, ressaltou o trabalho de prevenção e promoção de saúde na rede básica de Sapucaia do Sul aliado à Clínica de Saúde da Mulher (Clisam), unidade especialmente criada para cuidar da saúde feminina. “Nossa rede de apoio, inclusive com acompanhamento psicológico, garante o amparo que a mulher precisa para enfrentar o câncer de mama”, disse ela. A secretária aproveitou a oportunidade para anunciar a aquisição de um novo mamógrafo, que estará em operação a partir da semana que vem no Hospital Getúlio Vargas para ampliar a oferta de mamografias.

Palestra 

Uma palestra do médico mastologista da Clisam, Daniel Pedrini, fez parte da programação. Ele apresentou as formas de como o câncer de mama se manifesta e listou os sinais a que as mulheres devem prestar atenção.

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“O autoexame em frente ao espelho é a melhor forma para conhecer o corpo e, a partir daí, perceber qualquer alteração nos seios”, sugeriu. A partir dos 40 anos, segundo ele, o acompanhamento anual por mamografia é o aliado mais seguro para diagnóstico precoce. “A detecção no início do tumor é que permite o melhor tratamento, seja por cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia, terapias alvo ou as novidades que a medicina traz constantemente”, destacou.