TRANSPORTE PÚBLICO
GREVE DE ÔNIBUS: Paralisação não tem data para acabar em Esteio; entenda
Movimento reivindica aumento salarial, adicional de dupla função e vale alimentação. O estado de greve iniciou na terça-feira (20)
Última atualização: 29/02/2024 06:59
A greve dos motoristas de ônibus em Esteio continua por tempo indeterminado após a falta de avanços decorrentes da audiência conciliatória realizada na manhã dessa quarta-feira (28). Liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de São Leopoldo, que também abrange os trabalhadores da cidade, o movimento reivindica aumento salarial, adicional de dupla função e vale alimentação. O estado de greve iniciou na terça-feira (20). Já a paralisação, começou nesta segunda (26).
Em Esteio, o transporte de ônibus é operado pela Real Rodovias, que faz o transporte intermunicipal entre Esteio e Porto Alegre e pela Viação Hamburguesa, que atende ao transporte municipal urbano. De acordo com o tesoureiro do sindicato, Wilson Caetano, o debate não fluiu conforme o esperado pela categoria. "Esperávamos que houvesse alguma proposta, mas isso não aconteceu, então a greve vai continuar até que eles proponham alguma coisa", diz.
O tesoureiro alega que as reivindicações se tratam da recuperação de direitos trabalhistas que os profissionais possuíam antes, mas que foram perdidos durante a pandemia de Covid-19. Entre os pedidos estão o adicional de 15% sobre o salário-base para dupla função e o vale-refeição de R$ 30. Desde o começo da pandemia, segundo Caetano, o vale-refeição diário da categoria passou a ser no valor de R$ 20.
Percentual mínimo da frota e da tabela de horários
No domingo (25), o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região definiu o percentual mínimo de transporte coletivo para a população durante a greve dos rodoviários da cidade. A decisão, proferida pelo vice-presidente do TRT-4, desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, determinou a manutenção de 35% dos serviços essenciais de transporte coletivo nos horários de pico (das 5h30min às 8h30min e das 17h30min às 20h30min) e 15% nos demais horários.
Segundo Caetano, a greve tende a afetar também os municípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul, uma vez que fazem parte do público atingido pelas empresas envolvidas. Embora a Real Rodovias tenha alegado, em petição, que houve descumprimento dessa exigência, o sindicalista reforça que a medida não foi desobedecida. "Chegamos até mesmo a ultrapassar os 35%".