TRANSPORTE PÚBLICO
Greve dos motoristas de ônibus de Esteio completa uma semana hoje
Audiência conciliatória realizada na semana passada terminou sem acordo e paralisação segue mantida por tempo indeterminado
Última atualização: 04/03/2024 07:24
A greve dos trabalhadores rodoviários de Esteio completa uma semana nesta segunda-feira (4). Mobilizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de São Leopoldo, que também abrange Esteio, o movimento reivindica aumento salarial e do vale-alimentação e adicional de dupla função.
Segundo o tesoureiro do sindicato, Wilson Caetano, não houve nenhuma outra tentativa de conciliação durante a última semana. "Ninguém nos procurou, nem a prefeitura, nem as empresas", afirma. "Isso é um total desrespeito aos usuários, por parte da prefeitura, e aos trabalhadores, por parte das empresas", continua.
Em Esteio, esse transporte é operado pela Real Rodovias, entre Esteio e Porto Alegre, e pela Viação Hamburguesa, que atende ao transporte municipal urbano.
O tesoureiro alega que as reivindicações se tratam da recuperação de direitos trabalhistas que os profissionais possuíam antes, mas que foram perdidos durante a pandemia de Covid-19. Entre os pedidos estão o adicional de 15% sobre o salário-base para dupla função e o vale-refeição de R$ 30. Desde o começo da pandemia, segundo Caetano, o vale-refeição diário da categoria passou a ser no valor de R$ 20.
Horários dos ônibus
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região definiu como 35% o percentual mínimo de funcionamento nos horários de pico (das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 20h30) e de 15% nos demais horários.
As alterações decorrentes da greve estão no site da prefeitura em www.esteio.rs.gov.br, na aba secretarias > secretaria de segurança pública > horário reduzido.
Audiência sem resultado
O TRT-4 convocou, na última quarta-feira (28), uma audiência conciliatória entre o sindicato e as duas empresas com o objetivo de estabelecer algum acordo entre ambos. No entanto, a conversa não resultou em nenhum resultado e, conforme Caetano, nenhuma proposta foi feita. O sindicalista informa ainda que não há previsão para nenhuma nova audiência. “Nós até poderíamos solicitar, mas, para isso, os empregadores teriam que querer entrar em algum consenso”, explica.