Usuários do transporte coletivo de Esteio precisam ficar atentos aos horários dos ônibus a partir desta segunda-feira (26). Isso porque motoristas dos coletivos da cidade estão em greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores decidiram pela paralisação durante assembleia na noite da última terça-feira (20).
Segundo o tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de São Leopoldo, Wilson Caetano, a categoria pede a retomada de direitos retirados durante a pandemia. Entre eles estão o adicional de 15% sobre o salário base para dupla função e o vale-refeição de R$ 30. Desde o começo da pandemia, conforme Caetano, o vale-refeição diário da categoria passou a R$ 20. Caetano destaca que a categoria aguarda proposta da patronal.
Como funcionam os ônibus durante a greve em Esteio?
No domingo (25), o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região definiu o percentual mínimo de transporte coletivo para a população durante a greve dos rodoviários da cidade. A decisão, proferida pelo vice-presidente do TRT-4, desembargador Alexandre Corrêa da Cruz, determinou a manutenção de 35% dos serviços essenciais de transporte coletivo nos horários de pico (das 5h30min às 8h30min e das 17h30min às 20h30min) e 15% nos demais horários.
Em Esteio, o transporte de ônibus é operado pela Real Rodovias, que faz o transporte intermunicipal entre Esteio e Porto Alegre e pela Viação Hamburguesa, que atende ao transporte municipal urbano. A reportagem não conseguiu contato com representantes das empresas. Conforme o TRT-4, as empresas alegam dificuldades decorrentes da pandemia de Covid-19 e da concorrência de outros meios de transportes, que teriam causado uma queda no número de passageiros.
Nas redes sociais, o prefeito esteiense, Leonardo Pascoal, informou que os grevistas deverão ter seus contratos de trabalho suspensos, o que resultará no desconto salarial no período de greve e que a Prefeitura não pagará subsídio referente a isto.
“Cabe lembrar que que o transporte público vem apresentando situação deficitária há anos sendo mantido com recursos da Administração Municipal, a exemplo de outras cidades. Estamos monitorando a situação, tomando as medidas administrativas e judiciais cabíveis e atuaremos com a nossa fiscalização para que este serviço essencial seja mantido”, escreveu Pascoal.
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