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"Gravidez silenciosa": Advogadas afirmam que mãe de recém-nascido que chegou morto em hospital não sabia que estava grávida

Causa da morte do bebê ainda depende de laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP); advogadas reiteram que prontuário médico "atesta a ausência de qualquer sinal de violência"

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Publicado em: 29/11/2024 às 10h:39 Última atualização: 29/11/2024 às 11h:09
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As advogadas contratadas por uma moradora de Estância Velha, que se tornou alvo de uma investigação da Polícia Civil após chegar ao hospital municipal com um bebê recém-nascido sem vida, afirmam que a cliente viveu uma “gravidez silenciosa”. Segundo elas, a mulher só descobriu que estava grávida quando entrou em trabalho de parto em casa, no último dia 23.

Hospital Getúlio Vargas, de Estância Velha | abc+



Hospital Getúlio Vargas, de Estância Velha

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

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Franciele Trentin e Ketelyn Pires refutam o que chamaram de insinuações – que teriam sido feitas inicialmente por internautas nas redes sociais, pela imprensa e até mesmo por autoridades municipais – de que a mãe teria causado a morte da criança. Elas asseguram que a mulher procurou ajuda imediatamente após dar à luz um menino de 2,7 quilos e 50 centímetros.

“Imediatamente após o parto, foram iniciados os procedimentos de primeiros socorros ao bebê, e diversos contatos foram realizados com os serviços de emergência. Infelizmente, as ligações foram direcionadas para a central em Porto Alegre e não chegaram à unidade municipal, o que causou um atraso no atendimento”, afirmam as advogadas em nota ao ABCmais.

Devido a isso, a mãe e o bebê foram levados às pressas ao Hospital Getúlio Vargas. Depois, a mulher foi transferida ao Hospital Centenário, em São Leopoldo.

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Sem sinais de violência

A defesa destaca que o prontuário médico atesta a ausência de qualquer sinal de violência no recém-nascido. “Apesar dos esforços, foi constatado o óbito do bebê no hospital. O prontuário médico, desde já, atesta a ausência de qualquer sinal de violência”, garante a defesa.

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Além disso, Franciele Trentin e Ketelyn Pires criticam o atendimento prestado à mãe por parte dos profissionais que a acolheram. “É fundamental ressaltar que a mãe, em estado de choque e fragilidade emocional, não recebeu o acolhimento e o tratamento humanizado que sua condição exigia, desde o momento do parto”, enfatizam.

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As advogadas relatam que a família já prestou depoimento aos investigadores da Polícia Civil e está colaborando com a investigação. Elas ressaltam que apenas o laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) poderá determinar a causa exata do óbito, além de esclarecer se o bebê nasceu com vida ou se houve prematuridade.

“Confiamos na Justiça e estamos à disposição das autoridades para que a verdade prevaleça. Pedimos respeito à dor da família neste momento tão difícil e que aguardemos a apuração completa dos fatos antes de qualquer julgamento precipitado”, finaliza a nota.

A prefeitura de Estância Velha foi procurada, mas até a publicação desta reportagem não havia se manifestado. O espaço segue aberto.

 
 
 
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