INVESTIGAÇÃO
Grávida de sete meses assassinada em Porto Alegre não era o alvo dos criminosos, diz Polícia
Três suspeitos foram identificados pela Polícia Civil; dois deles foram presos durante este mês de maio
Última atualização: 26/03/2024 20:36
Uma mulher grávida de sete meses foi assassinada de forma violenta no fim da mês abril em Porto Alegre. Nesta quarta-feira (17), durante uma coletiva de imprensa sobre o caso, a Polícia Civil afirmou que prendeu dois suspeitos do crime.
A vítima tinha 35 anos. Ela foi baleada na noite de 30 de abril, por volta das 19 horas. Os suspeitos fizeram os disparos de dentro de um carro e fugiram em seguida. O veículo onde estavam os atiradores foi encontrado após o crime no bairro Lami. O automóvel foi incendiado.
O diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Mario Souza, relata que o crime foi muito grave, por se tratar de uma vítima que estava grávida. "A investigação, apesar de complexa, elucidou todo o contexto, o por quê do ataque, o incêndio do veículo e a motivação", disse.
Neste mês de maio, três suspeitos foram identificados pela Polícia. Um homem foi preso no Morro da Cruz no dia 6 de maio. O segundo mandado de prisão preventiva, contra um jovem de 20 anos, foi cumprido no mesmo bairro onde a mulher foi assassinada, no Vila Nova, na quinta-feira (11).
O terceiro suspeito é um homem de 22 anos. A Polícia aguarda que a Justiça emita um mandado de prisão contra ele.
Grávida não era alvo
O delegado Fernando Sodré, responsável pela investigação, diz que a motivação do crime foi uma disputa entre dois membros de uma facção. A dupla teve um desentendimento na tarde daquele dia. À noite, um deles voltou ao bairro para matar o outro.
Quando chegou em frente a um mercado, o alvo dos disparos estava com a grávida e uma outra mulher, que eram suas amigas e acabaram atingidas pelos tiros. Houve troca de tiros entre o alvo e os homens que estavam no carro. A gestante chegou a receber atendimento no Hospital Vila Nova, mas não resistiu ao ferimento. A outra mulher sobreviveu.