DESASTRE NA SERRA

GRAMADO: Publicado relatório que explica rachaduras e deslizamentos na cidade; confira quais são os fenômenos apontados pelo estudo

Documento divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil aponta as causadas dos danos registrados entre setembro e novembro no município

Publicado em: 08/12/2023 12:15
Última atualização: 08/12/2023 12:18

Foi publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) o relatório que aponta as causas dos deslizamentos e rachaduras registradas em Gramado entre os meses de setembro e novembro. Conforme o estudo, é possível citar dois fenômenos: os rastejos e o alto volume de chuvas que atingiram a região neste período.


Moradores do prédio que desabou haviam sido retirados no final de semana, o que evitou o pior Foto: Divulgação

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Os pesquisadores explicam que em duas localidades, nas ruas Ladeira das Azaleias e Augusto Orlandi, foram caracterizados por rastejos, ou seja, movimentos extremamente lentos no terreno. Já na Estrada Pedreira, o movimento foi mais rápido, do tipo deslizamento. “As causas estão relacionadas ao somatório das condições geológicas e geotécnicas da região, alinhadas às fortes chuvas que atingiram a área no mês de novembro”, afirma o coordenador-executivo do Departamento de Gestão Territorial do SGB, Julio Cesar Lana.

Segundo o relatório, o rastejo é um movimento difícil de prever, podendo acontecer em áreas planas. A principal característica é o movimento lento do solo, que se manifesta a partir de trincas e deformações na superfície. Esse foi o caso na Rua Ladeira das Azaleias, que provocou o desabamento do Edifício Ana Carolina.

No que se refere ao deslizamento, o fenômeno é mais rápido, com o solo se movimentando em encostas íngremes. De acordo com a SGB, ambos foram potencializados pelos altos volumes de chuvas.

Estudo realizado em novembro

O estudo foi realizado entre os dias 22 e 23 de novembro, atendendo uma solicitação feito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Gramado. A pesquisa também havia sido recomendada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A análise teve como foco as áreas mais afetadas do município da Serra gaúcha, onde duas pessoas morreram e um prédio desabou. “As causas foram indicadas a partir da avaliação feita em campo pelos pesquisadores que estiveram no local”, completa Lana.

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