Além de publicar um relatório apontando as causas dos deslizamentos e rachaduras que aconteceram entre os meses de setembro e novembro em Gramado, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) também sugeriu medidas preventivas. Conforme os pesquisadores, uma das ações é o monitoramento contínuo da região, principalmente em períodos de chuvas intensas.
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Para o coordenador-executivo do Departamento de Gestão Territorial do SGB, Julio Cesar Lana, essa vigilância é fundamental para amenizar possíveis desastres. “O monitoramento é fundamental para avaliar se novas trincas estão surgindo e se as trincas que já existem continuam em evolução, ou seja, estão se movimentando ou continuam abrindo.” Ele cita a imprevisibilidade dos rastejos, que, segundo o relatório, é um evento difícil de prever.
O coordenador reitera ainda que a população precisa ser orientada quanto à possibilidade de novas ocorrências e saber como agir para identificar sinais. “Alguns indícios de alerta após chuvas são: deformações no solo, nas casas ou cercas, inclinação de postes e árvores ou trincas no asfalto.”
Retorno da população às residências
Em Gramado, cerca de 250 pessoas continuam fora de suas casas nas áreas de alto e médio risco. A orientação da SGB é para continuar assim. “E esperar o período de estiagem para o retorno da população às residências.”
Outra sugestão é a criação de rotas seguras para as ruas do bairro Três Pinheiros, evitando a Estrada da Pedreira até que tenha uma avaliação geotécnica das encostas neste ponto. Obras estruturais, como a contenção de encostas e de drenagem pluvial são igualmente indicadas.
“Quando são feitas obras de drenagem na cidade, e especialmente em áreas de risco, é possível evitar que um grande volume de água se infiltre naquele terreno, que é naturalmente instável. Assim, atenua-se a possibilidade de ocorrência de movimentos de massa”, completa.
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