O governo federal vai bancar projetos de avaliação e ampliação da estrutura de proteção contra enchentes na Grande Porto Alegre. A informação é do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), que esteve em Porto Alegre no meio da semana, e do deputado estadual Miguel Rossetto (PT), coordenador da frente parlamentar das Águas na Assembleia Legislativa.
No encontro com representantes de prefeituras da região, deputados, técnicos do Instituto de Pesquisas Hidrológicas da Ufrgs e o vice-governador Gabriel Souza (MDB), o ministro da Casa Civil assegurou que “os projetos de requalificação e ampliação da infraestrutura existente nós vamos fazer, atualizar e requalificar”. “Trocar as bombas, modernizar esse sistema, enfim, vamos fazer um trabalho bem feito”, completou.
Segundo o deputado Rossetto, técnicos do governo federal já estão trabalhando nesses projetos considerados emergenciais, que incluem a recomposição dos diques danificados pela enchente de maio no eixo entre Novo Hamburgo e Porto Alegre.
Além disso, projetos elaborados pela Metroplan há 12 anos, dentro do PAC 2, agora serão revisados e habilitados para execução. “Estamos falando em pelo menos R$ 4 bilhões que serão investidos em proteção contra cheias na região metropolitana”, informou o deputado.
Em paralelo aos projetos técnicos e de obras, informou Rossetto, haverá uma discussão sobre o novo modelo de gestão do sistema de proteção contra cheias na região. Nesta quinta-feira o governador Eduardo Leite (PSDB) disse que o Estado quer assumir a tarefa, mas com aporte de recursos da União.
“O ministro Rui Costa disse que um dos caminhos pode ser o Estado assumir esse trabalho. Mas há outros e essa discussão começa a ser feita agora”, informou Rossetto. O deputado diz que pessoalmente é favorável à constituição de uma autoridade metropolitana reunindo União, Estado e prefeituras. “As prefeituras precisam fazer parte desta gestão. Elas que regulam os planos diretores, que por sua vez tratam do uso do solo nas cidades”, resumiu.
O parlamentar explica que a autoridade metropolitana para gestão de sistemas contra enchentes é prevista no Estatuto das Cidades. “Se juntarmos governos federal, estadual, municipais, técnicos e comitês de bacias hidrográficas teremos um excelente resultado, não há dúvidas”, finalizou.
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