PEDÁGIO INDEFINIDO
Governo do Estado não se compromete com isenção de pedágio para moradores do Caí
Prefeito de São Sebastião do Caí, Júlio Campani, diz que esperava ter ouvido uma proposta concreta do Governo do Estado
Última atualização: 18/01/2024 09:47
A reunião entre o governo de São Sebastião do Caí com os representantes do governo do Estado para tratar sobre o futuro do pedágio na RS-122 terminou sem avanços. O prefeito de São Sebastião do Caí, Julio Campani (PSDB), se mostrou decepcionado com o resultado final do encontro realizado nesta sexta-feira (20) no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), em Porto Alegre. “Esperava ouvir alguma coisa concreta, mas isso não aconteceu.”
O pedágio da RS-122 inicia na cidade de Portão, mas, de acordo com o contrato, deve ser mudado para São Sebastião do Caí até o final de 2024. A principal crítica dos gestores municipais é o fato de que os moradores da cidade terão de pagar o valor completo para trafegar em trechos curtos. “É absoluta falta de bom senso uma pessoa que mora na região, para fazer 5 ou 6 km, para ir para o serviço, vai pagar R$ 20 de pedágios. Só um técnico mesmo, que não conhece a realidade da região”
Campani tem defendido que se crie uma isenção aos moradores de São Sebastião do Caí, medida “mitigatória” que foi promessa do governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB). Entre os presentes na reunião estavam os representantes da concessionária que administra rodovias da Serra e do Vale do Caí, a Caminhos da Serra Gaúcha. O novo secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, participou de forma virtual já que estava em Brasília.
Para Campani, a falta de propostas concretas do Governo decorreram do desconhecimento do novo secretário sobre a proposta de concessão da rodovia. “Como ele é um técnico do tesouro nacional, ele não estava por dentro de toda essa realidade de toda essa história do pedágio.” Capeluppi é um funcionário de carreira do Governo Federal e integrou a gestão de Jair Bolsonaro (PL), tendo atuado como Secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, órgão da gestão federal que respondia diretamente à pasta da Economia, comandada por Paulo Guedes.
Entenda o caso
"Não vamos aceitar"
Embora tenha visto com bons olhos a posição do novo secretário, e se diga esperançoso para uma solução vinda do Governo Federal, Campani deixou claro que pretende endurecer as negociações com o governo caso a praça de pedágio seja mantida. “Não vou aceitar que o pedágio seja colocado ali se não houver essa medida mitigatória. “Vamos buscar todas as medidas jurídicas possíveis para obstaculizar a instalação da praça de pedágio naquela região.”
O prefeito ainda garantiu que durante a reunião os próprios representantes da empresa afirmaram que a decisão sobre a praça de pedágio está nas mãos do governo. “É uma decisão absolutamente política, o Governo que criou isso, vai ter que encontrar uma saída”, avaliou o prefeito.
Se instalado no quilômetro 4, como proposto inicialmente, o pedágio dividiria o Bairro Areião ao meio e o afastaria de todo o restante do município, prejudicando a comunidade tanto pela obrigatoriedade de pagamento nos dois sentidos, quanto pelo valor exorbitante estipulado. A mudança de local é uma reivindicação de todas as lideranças locais e da comunidade, desde o lançamento do edital em junho de 2021.
O quer o município
Para os gestores de São Sebastião do Caí, a alternativa viável é uma isenção do pedágio para veículos emplacados na cidade. O governo estadual propõe um pedágio no quilômetro 4 na RS-122, uma área urbana, que afetaria os moradores próximos à praça.
Nas praças de pedágio do bloco 3 do Plano de Concessões de Rodovias do Governo do Estado, a única localizada no perímetro urbano é em São Sebastião do Caí. Campani diz que os demais pedágios são isolados da região populosa e que a prefeitura chegou a sugerir um pedágio no quilômetro 3,5 da RS-240, já pertencente a Portão. "Ali não tem rota de fuga e não tem moradores", explica.
A reunião entre o governo de São Sebastião do Caí com os representantes do governo do Estado para tratar sobre o futuro do pedágio na RS-122 terminou sem avanços. O prefeito de São Sebastião do Caí, Julio Campani (PSDB), se mostrou decepcionado com o resultado final do encontro realizado nesta sexta-feira (20) no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), em Porto Alegre. “Esperava ouvir alguma coisa concreta, mas isso não aconteceu.”
O pedágio da RS-122 inicia na cidade de Portão, mas, de acordo com o contrato, deve ser mudado para São Sebastião do Caí até o final de 2024. A principal crítica dos gestores municipais é o fato de que os moradores da cidade terão de pagar o valor completo para trafegar em trechos curtos. “É absoluta falta de bom senso uma pessoa que mora na região, para fazer 5 ou 6 km, para ir para o serviço, vai pagar R$ 20 de pedágios. Só um técnico mesmo, que não conhece a realidade da região”
Campani tem defendido que se crie uma isenção aos moradores de São Sebastião do Caí, medida “mitigatória” que foi promessa do governador reeleito, Eduardo Leite (PSDB). Entre os presentes na reunião estavam os representantes da concessionária que administra rodovias da Serra e do Vale do Caí, a Caminhos da Serra Gaúcha. O novo secretário de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi, participou de forma virtual já que estava em Brasília.
Para Campani, a falta de propostas concretas do Governo decorreram do desconhecimento do novo secretário sobre a proposta de concessão da rodovia. “Como ele é um técnico do tesouro nacional, ele não estava por dentro de toda essa realidade de toda essa história do pedágio.” Capeluppi é um funcionário de carreira do Governo Federal e integrou a gestão de Jair Bolsonaro (PL), tendo atuado como Secretário Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, órgão da gestão federal que respondia diretamente à pasta da Economia, comandada por Paulo Guedes.
Entenda o caso
"Não vamos aceitar"
Embora tenha visto com bons olhos a posição do novo secretário, e se diga esperançoso para uma solução vinda do Governo Federal, Campani deixou claro que pretende endurecer as negociações com o governo caso a praça de pedágio seja mantida. “Não vou aceitar que o pedágio seja colocado ali se não houver essa medida mitigatória. “Vamos buscar todas as medidas jurídicas possíveis para obstaculizar a instalação da praça de pedágio naquela região.”
O prefeito ainda garantiu que durante a reunião os próprios representantes da empresa afirmaram que a decisão sobre a praça de pedágio está nas mãos do governo. “É uma decisão absolutamente política, o Governo que criou isso, vai ter que encontrar uma saída”, avaliou o prefeito.
Se instalado no quilômetro 4, como proposto inicialmente, o pedágio dividiria o Bairro Areião ao meio e o afastaria de todo o restante do município, prejudicando a comunidade tanto pela obrigatoriedade de pagamento nos dois sentidos, quanto pelo valor exorbitante estipulado. A mudança de local é uma reivindicação de todas as lideranças locais e da comunidade, desde o lançamento do edital em junho de 2021.
O quer o município
Para os gestores de São Sebastião do Caí, a alternativa viável é uma isenção do pedágio para veículos emplacados na cidade. O governo estadual propõe um pedágio no quilômetro 4 na RS-122, uma área urbana, que afetaria os moradores próximos à praça.
Nas praças de pedágio do bloco 3 do Plano de Concessões de Rodovias do Governo do Estado, a única localizada no perímetro urbano é em São Sebastião do Caí. Campani diz que os demais pedágios são isolados da região populosa e que a prefeitura chegou a sugerir um pedágio no quilômetro 3,5 da RS-240, já pertencente a Portão. "Ali não tem rota de fuga e não tem moradores", explica.
O pedágio da RS-122 inicia na cidade de Portão, mas, de acordo com o contrato, deve ser mudado para São Sebastião do Caí até o final de 2024. A principal crítica dos gestores municipais é o fato de que os moradores da cidade terão de pagar o valor completo para trafegar em trechos curtos. “É absoluta falta de bom senso uma pessoa que mora na região, para fazer 5 ou 6 km, para ir para o serviço, vai pagar R$ 20 de pedágios. Só um técnico mesmo, que não conhece a realidade da região”