Golpe virtual eleva índice de estelionato
Modalidade de crime teve crescimento considerável durante a pandemia
Última atualização: 23/01/2024 11:40
O distanciamento social, necessário por conta da pandemia de coronavÃrus, fez com que, a partir de 2020, mais gente usasse com frequência a Internet. Mas não foram apenas os usuários da rede que aumentaram, os criminosos digitais também.
Golpistas viram uma oportunidade de aplicar golpes e capitanear vÃtimas. O resultado é que número de estelionatos cresceu consideravelmente de 2019 para cá, situação que não é exclusiva do Rio Grande do Sul, mas foi observada em todo o Brasil.
A lista de golpes envolveu a Copa do Mundo, ingressos falsos, descontos que não existiam, "valores a receber" do Banco Central, regularização do CPF, tÃtulo de eleitor cancelado, falso sequestro, romances mentirosos e dÃvidas envolvendo familiares, entre tantos outros.
No Panorama de Ameaças da Kaspersky de 2022 - um dos programas antivÃrus mais utilizados no mundo - de janeiro a agosto foi verificado a cada minuto 2.366 ataques de malware e 110 mensagens fraudulentas na América Latina, sendo 1,5 mil no Brasil.
Reflexo aqui
Em 43 municÃpios da cobertura do Grupo Sinos, foram quase 17 mil estelionatos registrados na PolÃcia no ano passado, Ãndice 3,20% superior a 2021. Ocorre que em 2020, primeiro ano da pandemia, foram 12.797 registros deste tipo de crime, enquanto que em 2019, houve 5.432. Em quatro anos, o crescimento foi de 212,1%. No Estado, o Ãndice cresceu 216%.
Os dados são dos indicadores de criminalidade, divulgados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). Embora cause prejuÃzo no bolso e provoque transtorno na vida de muita gente, o estelionato não entra na lista de crimes graves, pois não atenta contra a vida.
Em 28 cidades da região, houve crescimento de vÃtimas de estelionato de 2021 para 2022. Canoas teve 4.278 casos levados à PolÃcia no ano passado, Novo Hamburgo 1.895 e São Leopoldo, 1.830. Enquanto São Leopoldo teve queda de 13,9% entre 2021 e 2022, Novo Hamburgo e Canoas tiveram alta de 7%.
Cidade menores
Outro fato que chama atenção é o crescimento de golpes em municÃpios menores. Em Tupandi os golpes aumentaram 850% entre 2019 e 2022 e, em Vale Real, também no Vale do CaÃ, 800%. Rolante, que teve 22 ocorrências em 2019, registrou 201 no ano passado, um acréscimo de 813%.
Já em Santa Maria do Herval, com 6,5 mil habitantes, neste perÃodo a variação chegou a 1.700%, em 2019 havia registro de apenas um caso, e no ano passado foram 18. No Estado, em 2022 tiveram 91.308 ocorrências de estelionato. Em 2019, era inferior a 29 mil.
O distanciamento social, necessário por conta da pandemia de coronavÃrus, fez com que, a partir de 2020, mais gente usasse com frequência a Internet. Mas não foram apenas os usuários da rede que aumentaram, os criminosos digitais também.
Golpistas viram uma oportunidade de aplicar golpes e capitanear vÃtimas. O resultado é que número de estelionatos cresceu consideravelmente de 2019 para cá, situação que não é exclusiva do Rio Grande do Sul, mas foi observada em todo o Brasil.
A lista de golpes envolveu a Copa do Mundo, ingressos falsos, descontos que não existiam, "valores a receber" do Banco Central, regularização do CPF, tÃtulo de eleitor cancelado, falso sequestro, romances mentirosos e dÃvidas envolvendo familiares, entre tantos outros.
No Panorama de Ameaças da Kaspersky de 2022 - um dos programas antivÃrus mais utilizados no mundo - de janeiro a agosto foi verificado a cada minuto 2.366 ataques de malware e 110 mensagens fraudulentas na América Latina, sendo 1,5 mil no Brasil.
Reflexo aqui
Em 43 municÃpios da cobertura do Grupo Sinos, foram quase 17 mil estelionatos registrados na PolÃcia no ano passado, Ãndice 3,20% superior a 2021. Ocorre que em 2020, primeiro ano da pandemia, foram 12.797 registros deste tipo de crime, enquanto que em 2019, houve 5.432. Em quatro anos, o crescimento foi de 212,1%. No Estado, o Ãndice cresceu 216%.
Os dados são dos indicadores de criminalidade, divulgados pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). Embora cause prejuÃzo no bolso e provoque transtorno na vida de muita gente, o estelionato não entra na lista de crimes graves, pois não atenta contra a vida.
Em 28 cidades da região, houve crescimento de vÃtimas de estelionato de 2021 para 2022. Canoas teve 4.278 casos levados à PolÃcia no ano passado, Novo Hamburgo 1.895 e São Leopoldo, 1.830. Enquanto São Leopoldo teve queda de 13,9% entre 2021 e 2022, Novo Hamburgo e Canoas tiveram alta de 7%.
Cidade menores
Outro fato que chama atenção é o crescimento de golpes em municÃpios menores. Em Tupandi os golpes aumentaram 850% entre 2019 e 2022 e, em Vale Real, também no Vale do CaÃ, 800%. Rolante, que teve 22 ocorrências em 2019, registrou 201 no ano passado, um acréscimo de 813%.
Já em Santa Maria do Herval, com 6,5 mil habitantes, neste perÃodo a variação chegou a 1.700%, em 2019 havia registro de apenas um caso, e no ano passado foram 18. No Estado, em 2022 tiveram 91.308 ocorrências de estelionato. Em 2019, era inferior a 29 mil.
O distanciamento social, necessário por conta da pandemia de coronavÃrus, fez com que, a partir de 2020, mais gente usasse com frequência a Internet. Mas não foram apenas os usuários da rede que aumentaram, os criminosos digitais também.