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TRAGÉDIA NA FLÓRIDA

Gaúcho que morreu em acidente nos EUA preparava surpresa para a namorada

Rayssa Gonçalves, de 26 anos, recebeu uma encomenda dois dias após a partida precoce do namorado, e o conteúdo da caixa acabou por revelar os planos do jovem

Ubiratan Júnior
Publicado em: 14/04/2023 às 17h:58 Última atualização: 04/03/2024 às 09h:55
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Dois dias após a morte do namorado, a norte-americana Rayssa Gonçalves, de 26 anos, recebeu uma encomenda inesperada. Ela estava na casa de uma amiga, nos Estados Unidos, onde o jovem gaúcho Leonardo Adams, 21 anos, permaneceu hospedado até ter os planos interrompidos por um acidente de trânsito. “Chegou uma encomenda em nome do Leo. Eu achava que pudesse ser coisa que ele teria esquecido no hospital”, lembra. 

Amigos próximos a ele também estavam no local, assim como a mãe do gaúcho, Rosângela Soares, que abriu o pacote. Dentro da caixa, para a surpresa de Rayssa, não havia pertences do jovem, mas alianças de compromisso.

Rayssa foi a primeira pessoa a saber da morte do namorado Leonardo



Rayssa foi a primeira pessoa a saber da morte do namorado Leonardo

Foto: Arquivo pessoal

“Quando abriu, a mãe dele começou a se emocionar muito, olhou para mim e disse era para mim. Fiquei sem entender”, relata Rayssa. Neste momento, os amigos reveleram o plano de Leonardo. “Disseram que ele estava preparando uma surpresa, de a gente passar um final de semana em algum lugar, e que ele iria oficializar”, completa.

 

A jovem conta que o casal tinha planos de selar o relacionamento. “Ele sempre falava que queria colocar uma aliança no meu dedo. Foi engraçado quando ele comentou isso comigo, ele disse: ‘Estragou’, falando o que ele queria fazer, e eu falei para ele que eu saberia quando iria ser: ‘Vai ser uma supresa de qualquer jeito'”, lembra, emocionada. 

Rayssa diz que foi doloroso receber o presente após a partida precoce do namorado. “Quando você ama muito uma pessoa, você quer estar com aquela pessoa, e a gente pretendia estar um com o outro. Passar o resto da vida um com o outro”, desabafa.

Para homenagear Leonardo, a jovem comprou um colar em que irá carregar as duas alianças, além de um pingente com o símbolo do infinito. A foto do acessório foi compartilhada nas redes sociais.

Primeira a saber

Rayssa foi a primeira pessoa a saber da morte de Leonardo, após localizar o aparelho celular dele, cuja localização indicou um hospital de urgência. Por telefone, um médico contou sobre o acidente e informou à jovem que Leonardo “não havia resistido”.

Ela então deu início a uma vaquinha para arrecadar recursos na intenção de ajudar a família do gaúcho com os custos hospitalares e traslado do corpo para o Brasil. A despedida deve ocorrer na cidade de Taquara, local em que ele foi criado. 

A vinda para o Brasil ainda não tem data. A família autorizou que os órgãos dele fossem doados e ainda aguarda o resultado da autópsia e burocracias do país norte-americano para a liberação do corpo.

A polícia norte-americana investiga as circunstâncias do acidente. Conforme a mãe de Leonardo, o condutor do veículo que atingiu a motocicleta do jovem estaria com um carro em situação de furto e fugindo da polícia após ter cometido outros crimes. Rosângela afirma que os detalhes não são compartilhados para não comprometer as investigações. 

Campanha para “trazer o Léo para casa”

Além da iniciativa de Rayssa, amigos de Leonardo no Brasil criaram a campanha “Ajude a trazer o Léo para casa“. O objetivo é arrecadar R$ 50 mil para ajudar no tranlado do corpo do jovem, que era morador do Vale do Paranhana. A arrecadação é feita através do site Vakinha e aceita a doações de qualquer valor.

Leonardo Adams, de 21 anos, era morador de Taquara



Leonardo Adams, de 21 anos, era morador de Taquara

Foto: Arquivo pessoal

Já vaquinha criada pela namorada de Leonardo foi feita pela plataforma norte-americana Gofundme. O valor pode ser doado em real, já que a plataforma converte automaticamente para dólar. É necessário cartão de crédito ou débito internacional para fazer a operação. Em alguns casos, é possível habilitar a função direto pelo aplicativo do banco. 

A meta de arrecadação é 30 mil dólares, o equivalente a cerca de R$ 150 mil. Para doar, clique aqui.

“O americano (site) é mais importante em razão de que os custos mais altos serão aqui nos Estados Unidos. As pessoas podem doar mesmo aí do Brasil, porque o sistema converte o valor. Já a vaquinha brasileira eu terei que fazer o câmbio, e isso pode demorar muito no sistema bancário”, enfatiza a mãe de Leonardo.

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