Gaúcha sobe ao palco e toca com Chris Martin durante show do Coldplay em Curitiba: "A ficha ainda não caiu"

Você já imaginou viajar quilômetros de distância para assistir sua banda favorita e ser chamado ao palco para se apresentar com ela? Daniele Ataydes, de 23 anos, se preparou para esse momento. Mesmo sabendo que poderia não acontecer, a moradora de Campo Bom ensaiou por meses a música "O (Fly On)" com o objetivo de alcançar o sonho de tocar piano com o vocalista do Coldplay, Chris Martin, em Curitiba, no Paraná, um dos cobiçados shows da banda britânica no Brasil. 

E então, dentre tantos cartazes estendidos ao Chris Martin, o de Daniele foi o único escolhido na noite de terça-feira (21). "A ficha não caiu. Ainda não consegui dormir direito. Foi um sonho e tudo tão rápido e intenso que é difícil de acreditar que aconteceu", contou ela à reportagem nesta quarta (22).

Desde os 10 anos, a estudante de engenharia química se dedicou ao piano. "As primeiras músicas que eu aprendi a tocar foram do Coldplay", diz Daniele. Ela cita grandes sucessos da banda, como The Scientist, Clocks, Viva La Vida, Fix You e Paradise. E a admiração pelo grupo britânico cresceu tanto que hoje eles estão no topo do ranking das bandas preferidas da moradora de Campo Bom.

"Por acompanhar muito eles, eu sabia que tinham o costume de chamar fãs para tocar durante o show, então escolhi uma e ensaiei muito em casa. Levei pelo menos cinco cartazes escondidos no tênis, na bolsa, para que, se desse algum problema, eu tivesse um reserva", conta, já que os cartazes são proibidos. "Eu não levantei toda a hora, mas aproveitava quando ele [Chris Martin] se aproximava", acrescenta Daniele.

No papel, havia uma pergunta: "Can I play O (Fly On) with U?" – "Posso tocar O (Fly On) com você?" e o desenho de um piano. Daniele recebeu até o registro do momento em que o vocalista a selecionou para se juntar ao palco:

Assim que subiu, a estudante relata que Chris Martin deu um abraçou, perguntou o nome dela, e se ela estava confortável com a apresentação. "Ele é um fofo. Se ajoelhou enquanto cantava a música ao meu lado", conta. Apesar do nervosismo, Daniele respirou fundo e se concentrou na memória das tantas vezes que ensaiou a música em Campo Bom, com a expectativa de tocar piano com o vocalista. "Eu não tinha certeza se conseguiria [tocar], então me concentrei no que aprendi e foi além do que eu esperava... Muito mais", relembra, empolgada.

A fã conta ainda que muitas pessoas exibiam cartazes similares, pedindo para tocar com o grupo. No entanto, ela acredita que a música que escolheu foi um ponto forte em seu favor. "Eles não têm a frequência de tocar essa música nos shows, então acredito que foi um dos motivos pelo qual fui escolhida", expõe.