Quem sair da Região Metropolitana e for ao litoral para fugir do calorão no final de semana pode pagar mais caro pela viagem. Em Novo Hamburgo, por exemplo, o preço da gasolina aumentou, em média, 40 centavos de um dia ao outro.
Na maioria dos 13 postos conferidos na quinta-feira (14) em Novo Hamburgo, o litro da gasolina comum estava em R$ 5,59. Até a quarta-feira (13), as bombas registravam um preço médio de R$ 5,16. O aumento chama atenção, principalmente, porque não foi anunciada qualquer tipo de alteração nos preços praticados pela Petrobras e nem nas alíquotas de impostos que incidem sobre o combustível.
Pelo contrário, o barril de petróleo vem se desvalorizando no mercado internacional, o que na avaliação da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) dá margem para reduções futuras feitas pela Petrobras.
Para Daniele Morandini, que se desloca todos os dias de Novo Hamburgo a Porto Alegre, onde trabalha, o aumento é um abuso com os consumidores. “Da última vez, disseram que o aumento era devido à concorrência, mas concorrência para preço alto não existe. Se querem concorrer, então baixem os preços”, desabafa.
Em Canoas, após algumas semanas com litro da gasolina batendo nos R$ 5,50 nas bombas, na última semana, os preços reduziram para, em média, R$, 5,19. No entanto, na quinta já havia subido 20 centavos em alguns postos. Em São Leopoldo, os preços também oscilam. Na quinta, a gasolina comum variava entre R$ 5,56 e R$ 5,59 em postos do Centro. Em um dos casos, houve aumento de 40 centavos.
Explicações
Conforme o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (SulpetroRS), João Carlos Dal’Aqua, os postos podem aumentar seus preços sem depender de reajustes da Petrobras. “Cada um toma as decisões que acha melhor. O que pode acontecer é que a venda está abaixo do esperado para dezembro e, neste mês, a folha salarial é o dobro”, observa.
Dal’Aqua admite a possibilidade dos empresários aproveitarem a expectativa das viagens ao litoral para reajustar os preços. “A alta demanda também provoca esse tipo de aumento. Pode ser uma oportunidade de aumentar os ganhos agora, já sabendo que nos meses de janeiro e fevereiro as vendas caem muito”, finaliza o presidente.
*Colaboraram: Amanda Krohn e Jeison Silva
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