Criado na campanha, em rancho de barro e capim. Por isso é que se veste assim o galo Baitaka, uma das principais atrações do Acampamento Farroupilha de Sapiranga. Dormindo pelos galpões, perto de um fogo de chão e com as penas esfumaçadas em Sapiranga, a ave da família Pigatto já tem até Instagram, ganhando mais fama dia após dia.
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Conforme seu dono, Arlei Pigatto, 45, a história do galo de bombacha começou anos atrás, quando uma cunhada que mora em Santa Catarina veio visitar a família e trouxe de presente a vestimenta. A roupa, no entanto, era para o Colorado, galo que é pai de Baitaka. “O Colorado participou por três anos com a gente no Acampamento Farroupilha, mas ele já estava velhinho e resolvemos aposentá-lo. Esse ano é a primeira vez do Baitaka e tem sido surpreendente”, conta Pigatto.
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Com o tradicionalismo impregnado na família, a exemplo da música Tropeiro Velho, de Teixeirinha, Colorado passou sua bombacha e seu legado ao filho. As esporas não precisou passar, afinal, estão na pele daquele que hoje é o personagem mais famoso do Acampamento Farroupilha de Sapiranga. E seu nome, Baitaka, é uma homenagem ao músico tradicionalista Baitaca, que canta em suas canções a paixão pelo campo e pelo Rio Grande do Sul.
Sensação no tradicionalismo
Durante a tarde de domingo (15), Arlei, a esposa Valdicléia Pigatto, 40, e a filha Yasmin Sophia Pigatto Baratto (que é a verdadeira dona da ave), de 11 anos, precisaram sair do acampamento. Assim, aqueles que procuravam o piquete #CustumaComNóis, encontravam o local vazio, sem a presença do astro. Eram quase 17 horas quando Pigatto surgiu no coração do acampamento com Baitaka em seus braços. A movimentação no local foi instantânea.
Movidos pela curiosidade de ver um galo de bombacha pela primeira vez, os visitantes foram se aproximando, filmando e até posando para fotos junto a Baitaka. Ao descer para o chão, muitas crianças se aproximaram para brincar com o animal.
“Está sendo a sensação do Acampamento, com muitas famílias o procurando para fazer fotos e vídeos, desde crianças a adultos. Pessoas de outros estados disseram que o viram na televisão e o procuraram para fazer o registro. Ele é dócil, se adapta fácil a roupa e se dá bem com as crianças”, garante Pigatto.
À noite, foi levado para a pista de dança e também deu seus passos no show da banda Alma Gaudéria. O sucesso é tanto que já acumula cerca de 300 seguidores no instagram criado há poucos dias. Além disso, marcas de biscoito e de facas já o procuraram para fazer publicidade. Pelo @galobaitaka, um pouquinho da história de Colorado também é mostrada. Na trilha sonora, é claro, mais um pouquinho da tradição gaudéria através da música “Guri”, de César Passarinho, nos versos “para que digam quando eu passe ‘saiu igualzito ao pai’.”
De outro mundo
Baitaka não é o único personagem a chamar a atenção. Pertinho dele, mas vindo de uma galáxia distante, está o Etchê Gaúcho, um simpático extraterrestre também pilchado. Ele pertence a Jaqueline Nunes de Anhaia, 37, do piquete Marcas do Sul, que está no local há 12 anos.
Porém, foi em 2023 que o Etchê apareceu pela primeira vez, já atraindo a atenção de quem passava por ali. Neste ano, então, uma novidade veio junto: “Ano passado a gente já trouxe ele. E agora resolvemos trazer junto uma namorada, mas ela não tem nome ainda. Inclusive, quem quiser nos ajudar a escolher pode mandar sugestão no instagram @etche_gaucho”, comenta Jaqueline.
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