O combate aos furtos e fraudes de energia elétrica é uma ação comum no trabalho da Rio Grande Energia (RGE). A empresa, que é responsável pela distribuição em 381 municípios gaúchos, atua em boa parte do Vale dos Sinos. Os números de casos na região têm registrado quedas há cada ano.
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Foto: RGE/Arquivo
Segundo o gerente de Serviços de Recuperação de Energia da RGE, Gustavo Theodor Carvalho, entre os principais motivos para a diminuição estão as inspeções mais assertivas e a conscientização da comunidade, que tem contribuído com denúncias das irregularidades. “As fraudes prejudicam à população, com riscos e na qualidade da energia”, explica.
Em comparação às cidades do Vale dos Sinos, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Sapiranga lideram o ranking de mais casos de fraudes e furtos. Para Carvalho, a proporção de população influencia no volume de situações, mas ainda assim os dados apontam uma diminuição nos números.
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Os dados de São Leopoldo apontam que em 2023 foram registrados 526 casos de fraudes e furtos, enquanto em 2024, até o momento, foram 104. Em Novo Hamburgo, o ano passado teve 356 casos, sendo que neste ano são 103. Já em Sapiranga, em 2023, foram 82 situações, que caíram para 31 em 2024.
O investimento em inteligência artificial acoplado a novos sistemas com geração de alarmes para direcionamento de inspeções têm resultado em maior assertividade no trabalho desenvolvido pela RGE. “Conseguimos ser mais assertivos, fazemos menos inspeções e elas são mais positivas, trazendo um ambiente mais controlado e eficiente”, afirma Carvalho.
Na comparação total de casos nas cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapiranga, Taquara, Parobé, Campo Bom, Igrejinha, Nova Hartz, Três Coroas, Araricá, Dois Irmãos, Ivoti, Rolante, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Santa Maria do Herval, Riozinho, Santo Antônio da Patrulha e Presidente Lucena, os números de 2023 em relação a 2024 caíram 72,7%.
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Canal de denúncia
No site e aplicativo da RGE, a empresa disponibiliza um canal específico para denúncias de fraudes e furtos de energia elétrica. Esses casos são considerados crimes previstos no Código Penal com penas que podem chegar a até quatro anos de prisão.
Após confirmado o furto, a RGE realiza os cálculos e estima a quantidade de energia furtada, ou seja, o que foi consumido pelo estabelecimento e que deixou de ser pago à distribuidora. Desta forma, a companhia pode fazer a cobrança retroativa dos valores. “O comportamento do fraudador é sazonal, conforme você vai identificando tende a diminuir”, esclarece Carvalho.
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