COMUNIDADE
Furto de hidrômetros, fios e cabos será tema de audiência pública em São Leopoldo
Debate hoje, a partir das 19h30, na Câmara de Vereadores, vai buscar soluções conjuntas para o problema
Última atualização: 24/01/2024 14:54
Um tipo de ocorrência que tem causado dor de cabeça e prejuízos para moradores, empresas e órgãos públicos da região: o furto de hidrômetros, fios e cabos será tema de uma audiência hoje à noite na Câmara de Vereadores de São Leopoldo. O debate, a partir das 19h30, foi proposto pela vereadora Iara Cardoso e é aberto à comunidade. Durante a audiência, que também será transmitida pela TV Câmara, no YouTube, forças policiais, sociedade e governos tratarão, juntos, sobre soluções para o enfrentamento desse problema, registrado com cada vez mais frequência em diferentes bairros da cidade. De acordo com a vereadora, a ideia de propor uma audiência pública sobre o tema surgiu a partir de demandas recebidas dos próprios leopoldenses.
"Pessoas que noticiavam o dissabor de ficar sem energia elétrica, telefonia, Internet ou água, devido ao furto destes equipamentos de distribuição de serviços. A partir daí, resolvemos entrar de forma incisiva na tentativa de coibir estes crimes", frisa. Segundo Iara, o debate contará com a participação de representantes da Polícia Civil, Brigada Militar, secretarias municipais, entre elas as de Segurança e Meio Ambiente e do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae).
"O objetivo da audiência é debater as principais questões que envolvem os furtos destes metais. Suas principais causas, comércio de entorpecentes, comércio de sucata sem origem, carência de fiscalização, receptação, legislação leniente, facilitadores, e suas terríveis consequências, desde a interrupção de serviços essenciais, à oneração do poder público", pontua a vereadora.
Fiscalização
Ela cita, ainda, outras frentes que têm sido pensadas para sanar os furtos na cidade. “ Aprovamos na Câmara a Lei 9.527/22, que dispõe sobre a fiscalização nos comércios de sucata e metais do gênero, e a exigência de manter o registro da origem dos mesmos. Tudo para evitar a receptação e o comércio irregular. Vamos exigir o fiel cumprimento desta lei”, conta.
“Além deste, pleitear a maior participação da comunidade, no sentido de denunciar os furtos em flagrância, para que as forças de segurança, possam atuar prontamente no sentido de coibir e responsabilizar criminalmente o agente. A audiência tem o objetivo de buscar soluções para este crime que vem crescendo e com sensação de impunidade. A ideia é auxiliar a colocar luzes neste tema tão atual e angustiante”, completa.
Mais de mil hidrômetros furtados e prejuízo de R$81 mil ao Semae
Somente no ano passado, segundo dados do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), foram furtados em São Leopoldo 1.080 hidrômetros, representando um prejuízo total de R$81 mil à autarquia. Nos primeiros dias de 2023, até terça-feira (14), já tinham sido registradas 174 ocorrências deste tipo de furto na cidade, conforme o Semae. Atualmente, a cidade conta com 66 mil ligações de água.
Conforme o diretor-geral do Semae, Geison Freitas, os hidrômetros são furtados para serem revendidos como sucata no mercado clandestino, porém, segundo ele, o material não é valioso. “Importante também é combater quem compra esses materiais. Um crime tão grave quanto o furto, que também deve ser denunciado, é a receptação do produto”, avalia.
De acordo com ele, para evitar furtos, o Semae recomenda aos usuários que providenciem a instalação de uma caixa de unidade de medição de água, que é feita em uma mureta previamente construída pelo proprietário, dentro dos padrões estabelecidos. A caixa é fornecida pelo Semae no momento da solicitação da ligação da água.
Já aos contribuintes que têm os hidrômetros furtados, a autarquia providencia a colocação de um novo, sem custos. Para isso, o cidadão deve informar o fato ao Semae, através do 0800 510 2910, pelo Whatsapp 3579.6000, ou presencialmente no atendimento da sede administrativa, no centro. Em qualquer caso, o usuário deverá apresentar um boletim de ocorrência, o qual pode ser feito por meio da Delegacia Online
Pena pode chegar a oito anos de prisão
De acordo com a titular da 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, a delegada Cibelle Savi, a subtração de hidrômetros, fios e cabos, pode se enquadrar em três tipos diferentes de fatos criminosos: furto simples, com pena de até quatro anos de prisão, furto qualificado, com até oito anos de reclusão e receptação qualificada, também com pena de até oito anos de prisão. “A reprimenda é muito grave tanto para quem furta, quanto para quem recebe esses objetos para revenda, com finalidade comercial”, frisa a delegada.
Além das penas, segundo Cibelle, é importante analisar a relevância do cenário criminal para a comunidade como um todo, tendo em vista que estes tipos de delitos afetam diretamente a prestação de serviços essenciais. “Até ser realizada a comunicação da ocorrência, para que o Semae realoque aquele hidrômetro subtraído ou que o cabeamento seja restabelecido, gera, sem dúvida, um desconforto muito grande para o usuário do serviço, que muitas vezes está com o pagamento em dia, mas não tem o fornecimento do serviço à contento em razão da atuação destes delinquentes”, diz .
“Da mesma forma, gera o prejuízo para as empresas públicas, que em vez de acionarem seus recursos na melhoria do fornecimento do serviço, acabam sempre tendo que recolocar aqueles materiais subtraídos e não conseguem avançar em novas medidas de melhoria para o serviço que está sendo oferecido para a comunidade”, avalia.
Receptação é tão grave quanto o furto
A delegada destaca, ainda, a importância de que a comunidade entenda que receber estes materiais é um crime tão grave quanto o de furtar. “É um crime de grande potencial ofensivo, que gera prisão, autoriza decretação de medidas cautelares, como a prisão preventiva, por exemplo, e que precisa, por isso, ser reprovado e coibido, tanto pelo policiamento ostensivo, que está nas ruas, verificando quem está recebendo este material para fazer a autuação em flagrante, quando pela polícia judiciária, que vai identificar estes indivíduos e que vai pedir, ao final do inquérito, que sejam presos e que se mantenham presos porque trazem um prejuízo muito grande à comunidade”.
Um tipo de ocorrência que tem causado dor de cabeça e prejuízos para moradores, empresas e órgãos públicos da região: o furto de hidrômetros, fios e cabos será tema de uma audiência hoje à noite na Câmara de Vereadores de São Leopoldo. O debate, a partir das 19h30, foi proposto pela vereadora Iara Cardoso e é aberto à comunidade. Durante a audiência, que também será transmitida pela TV Câmara, no YouTube, forças policiais, sociedade e governos tratarão, juntos, sobre soluções para o enfrentamento desse problema, registrado com cada vez mais frequência em diferentes bairros da cidade. De acordo com a vereadora, a ideia de propor uma audiência pública sobre o tema surgiu a partir de demandas recebidas dos próprios leopoldenses.
"Pessoas que noticiavam o dissabor de ficar sem energia elétrica, telefonia, Internet ou água, devido ao furto destes equipamentos de distribuição de serviços. A partir daí, resolvemos entrar de forma incisiva na tentativa de coibir estes crimes", frisa. Segundo Iara, o debate contará com a participação de representantes da Polícia Civil, Brigada Militar, secretarias municipais, entre elas as de Segurança e Meio Ambiente e do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae).
"O objetivo da audiência é debater as principais questões que envolvem os furtos destes metais. Suas principais causas, comércio de entorpecentes, comércio de sucata sem origem, carência de fiscalização, receptação, legislação leniente, facilitadores, e suas terríveis consequências, desde a interrupção de serviços essenciais, à oneração do poder público", pontua a vereadora.
Fiscalização
Ela cita, ainda, outras frentes que têm sido pensadas para sanar os furtos na cidade. “ Aprovamos na Câmara a Lei 9.527/22, que dispõe sobre a fiscalização nos comércios de sucata e metais do gênero, e a exigência de manter o registro da origem dos mesmos. Tudo para evitar a receptação e o comércio irregular. Vamos exigir o fiel cumprimento desta lei”, conta.
“Além deste, pleitear a maior participação da comunidade, no sentido de denunciar os furtos em flagrância, para que as forças de segurança, possam atuar prontamente no sentido de coibir e responsabilizar criminalmente o agente. A audiência tem o objetivo de buscar soluções para este crime que vem crescendo e com sensação de impunidade. A ideia é auxiliar a colocar luzes neste tema tão atual e angustiante”, completa.
Mais de mil hidrômetros furtados e prejuízo de R$81 mil ao Semae
Somente no ano passado, segundo dados do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), foram furtados em São Leopoldo 1.080 hidrômetros, representando um prejuízo total de R$81 mil à autarquia. Nos primeiros dias de 2023, até terça-feira (14), já tinham sido registradas 174 ocorrências deste tipo de furto na cidade, conforme o Semae. Atualmente, a cidade conta com 66 mil ligações de água.
Conforme o diretor-geral do Semae, Geison Freitas, os hidrômetros são furtados para serem revendidos como sucata no mercado clandestino, porém, segundo ele, o material não é valioso. “Importante também é combater quem compra esses materiais. Um crime tão grave quanto o furto, que também deve ser denunciado, é a receptação do produto”, avalia.
De acordo com ele, para evitar furtos, o Semae recomenda aos usuários que providenciem a instalação de uma caixa de unidade de medição de água, que é feita em uma mureta previamente construída pelo proprietário, dentro dos padrões estabelecidos. A caixa é fornecida pelo Semae no momento da solicitação da ligação da água.
Já aos contribuintes que têm os hidrômetros furtados, a autarquia providencia a colocação de um novo, sem custos. Para isso, o cidadão deve informar o fato ao Semae, através do 0800 510 2910, pelo Whatsapp 3579.6000, ou presencialmente no atendimento da sede administrativa, no centro. Em qualquer caso, o usuário deverá apresentar um boletim de ocorrência, o qual pode ser feito por meio da Delegacia Online
Pena pode chegar a oito anos de prisão
De acordo com a titular da 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, a delegada Cibelle Savi, a subtração de hidrômetros, fios e cabos, pode se enquadrar em três tipos diferentes de fatos criminosos: furto simples, com pena de até quatro anos de prisão, furto qualificado, com até oito anos de reclusão e receptação qualificada, também com pena de até oito anos de prisão. “A reprimenda é muito grave tanto para quem furta, quanto para quem recebe esses objetos para revenda, com finalidade comercial”, frisa a delegada.
Além das penas, segundo Cibelle, é importante analisar a relevância do cenário criminal para a comunidade como um todo, tendo em vista que estes tipos de delitos afetam diretamente a prestação de serviços essenciais. “Até ser realizada a comunicação da ocorrência, para que o Semae realoque aquele hidrômetro subtraído ou que o cabeamento seja restabelecido, gera, sem dúvida, um desconforto muito grande para o usuário do serviço, que muitas vezes está com o pagamento em dia, mas não tem o fornecimento do serviço à contento em razão da atuação destes delinquentes”, diz .
“Da mesma forma, gera o prejuízo para as empresas públicas, que em vez de acionarem seus recursos na melhoria do fornecimento do serviço, acabam sempre tendo que recolocar aqueles materiais subtraídos e não conseguem avançar em novas medidas de melhoria para o serviço que está sendo oferecido para a comunidade”, avalia.
Receptação é tão grave quanto o furto
A delegada destaca, ainda, a importância de que a comunidade entenda que receber estes materiais é um crime tão grave quanto o de furtar. “É um crime de grande potencial ofensivo, que gera prisão, autoriza decretação de medidas cautelares, como a prisão preventiva, por exemplo, e que precisa, por isso, ser reprovado e coibido, tanto pelo policiamento ostensivo, que está nas ruas, verificando quem está recebendo este material para fazer a autuação em flagrante, quando pela polícia judiciária, que vai identificar estes indivíduos e que vai pedir, ao final do inquérito, que sejam presos e que se mantenham presos porque trazem um prejuízo muito grande à comunidade”.