Aplausos e até emoção aflorada foram audíveis e visíveis entre as pessoas que prestigiaram a exibição do documentário Für Immer – Para sempre, na noite desta terça-feira (10), no auditório do Instituto Ivoti.
A plateia formada por estudantes, professores, convidados e pessoas interessadas no assunto pôde ainda participar de um bate-papo informal e descontraído com os realizadores da produção.
Participaram como painelistas o presidente da Diretoria Executiva do Grupo Sinos e idealizador do documentário, Fernando Gusmão, o diretor-geral do Instituto Ivoti, Everton Augustin, o professor e coordenador dos cursos de licenciatura em História e Geografia do Instituto Ivoti, Rodrigo Santos, o editor-chefe do Jornal NH e coordenador do documentário, Jeison Rodrigues, o diretor e roteirista do filme, Marcelo Collar, o repórter e roteirista, Moacir Fritzen, e o ator alemão Jan Dieter Schneider.
Gravação
Für Immer – Para sempre foi gravado entre os meses de junho e julho de 2017 para destacar os 193 anos da imigração alemã para o Rio Grande do Sul.
Entre as mais de 50 pessoas que foram ouvidas ou colaboraram com conteúdo, 18 aparecem nos depoimentos em alemão gramatical ou no dialeto Hunsrück, com legendas em português. O conteúdo enfatiza o legado da colonização alemã em vários pilares: superação, cultura, educação, religião, trabalho, sociedades e esportes.
O público teve ainda a oportunidade de interagir com painelistas. “Achei muito bom. Meus pais, familiares, todos falavam em alemão. Sou Schneider de casa e me casei com um português. Me arrependo de não ter colocado meu sobrenome para eles também”, disse Marlene Schneider Reginaldo, 71, moradora de Roca Sales, que foi convidada por um dos filhos e assistiu à produção.
“Achei interessante a iniciativa de resgatar a história dos imigrantes. Me despertou a atenção a parte que fala como eram definidas as picadas”, disse Gabriel Hoffmeister, 16, estudante, após assistir ao filme.
O conteúdo foi publicado nos canais digitais do Grupo Sinos e redes sociais dos Jornais NH e VS. O trabalho ainda teve versão para o jornal impresso. A produção teve patrocínios de Stihl, Universidade Feevale, Instituto Ivoti e Weissheimer Construção e Incorporação.
Equipe presente
Fernando Gusmão apresentou números sobre a visualização do documentário nos canais digitais. Ele também agradeceu ao público pela presença. Jeison Rodrigues lembrou que a educação está entre os pilares do Grupo Sinos e que o documentário buscou mostrar e relatar o papel e o protagonismo dos descendentes.
Já Moacir Fritzen destacou a importância da valorização da língua alemã na região e como ela é rica culturalmente. Marcelo Collar contou detalhes da produção e destacou a grande receptividade dos entrevistados.
Elogio à produção
O ator alemão Jan Dieter Schneider, protagonista do filme germânico Die Andere Heimat – A Outra Pátria, elogiou o documentário exibido na noite de ontem.
Nascido em Oberwesen e criado na região do Hunsrück, o ator e estudante de Medicina Schneider deu vida a Jakob Simon – personagem em filme dirigido por Edgar Reitz. “Este filme foi um presente para eu conhecer a cultura alemã e brasileira”, disse.
O protagonista, a partir de convite, hoje reside com a família do professor de Medicina gaúcho Odalci Pustai e trabalha no hospital da Ufrgs em Porto Alegre.
Momento importante
“Foi uma troca de ideias sobre a história de cada um que pôde participar dessa conversa sobre imigração, seja da etnia alemã ou qualquer outra que compõe esse belo painel da sociedade.”
Everton Augustin, diretor geral do Instituto Ivoti
“Um evento como este resgata e valoriza aqueles que chegaram aqui em 1824. O legado tem reflexo direto nos dias de hoje. Este vídeo não é somente um documentário, mas uma maneira de agradecer por tudo que esses bravos pioneiros construíram.”
Fernando Gusmão, presidente da Diretoria Executiva do Grupo Sinos
“Achei muito interessante a proposta desse documentário. Em cima dele, realizamos mais pesquisas e com isso aprendi ainda muito mais do que já sabia sobre a cultura alemã e a imigração.”
Giovanna Port, estudante
LEIA TAMBÉM
“A obra faz um apanhado e apresenta uma primeira visão dessa contribuição dos imigrantes para a região. É preciso saber o que eles significam para a nossa história, de onde vieram e as condições.”
Darli Breunig, coordenador do Curso de Letras