A quinta-feira (29) cinzenta, marcada pelo céu nublado e baixa visibilidade não é apenas por conta da instabilidade que cobre o Rio Grande do Sul. O efeito é causado também pela fumaça das queimadas da Amazônia, que segundo a MetSul meteorologia, afeta o território gaúcho nesta segunda metade da semana, causando redução da visão e da qualidade do ar em diferentes pontos.
“O corredor de fumaça percorre milhares de quilômetros e abrange uma área que vai da região amazônica até o Rio Grande do Sul, passando pelos territórios da Bolívia, Paraguai e o Nordeste da Argentina”, explica a empresa especializada em meteorologia.
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Apesar da névoa que chama atenção nesta quinta-feira, a MetSul afirma que o auge de fumaça das queimadas amazônicas no RS será no sábado (31). “O corredor de fumaça será trazido para o Sul por uma corrente de jato em baixos níveis, um corredor de vento a cerca de 1.500 metros de altitude, que se origina no Sul da Amazônia e desce até o território gaúcho”, explica a empresa.
Esse corredor de vento também afeta a temperatura no Estado, que começou a semana com marcas baixas e terá elevação nesta sexta-feira (30) e no sábado, quando algumas cidades podem ter registros em torno de 30ºC durante a tarde.
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A MetSul explica que é normal, nesta época do ano, estes corredores de fumaça alcançarem a região Sul do País. “Isso se dá quando as correntes de vento passam a ser de Norte”, enfatiza a empresa.
A tendência é que a fumaça atue no território gaúcho no decorrer do fim de semana até o começo da semana que vem, quando uma massa de frio chega e limpa a atmosfera.
Fumaça traz risco à saúde?
Segundo a MetSul, na região amazônica a fumaça atua mais perto da superfície e traz piora da qualidade do ar com problemas respiratórios para a população. Já na região Sul do Brasil, ela está em suspensão na atmosféra.
“Por isso, seus efeitos se percebem pelo tom mais acinzentado do céu com aspecto fosco e ainda por cores realçadas do sol ao amanhecer e no fim da tarde. Excepcionalmente, a fumaça vinda do Norte pode descer a altitudes menores e prejudicar a qualidade do ar de forma mais significativa no território gaúcho”, esclarece.
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