OPÇÃO DE DESVIO
FREE FLOW: Sugerida como rota alternativa, Estrada do Pinheirinho está em más condições
Depois da reclamação sobre o preço da tarifa, o que mais se ouviu durante o protesto na RS-122 foi a cobrança de implementação de rotas alternativas ao pedágio
Última atualização: 02/03/2024 16:52
Depois da reclamação sobre o preço da tarifa, o que mais se ouviu durante o protesto realizado neste sábado (2) contra o pedágio de São Sebastião do Caí da RS-122 foi a cobrança de implementação de rotas alternativas.
A Estrada do Pinheirinho, via de chão batido com cerca de quatro quilômetros entre São Sebastião do Caí e Capela de Santana, é o caminho com menor distância para desviar do free flow e, por isso, o mais lembrado pelos moradores.
A estrada começa no quilômetro 6 na RS-122 e vai até a RS-240, um pouco antes do acesso principal de Capela de Santana. No entanto, a rota está em péssimas condições de trafegabilidade, principalmente no trecho de Capela de Santana.
Por isso, durante o protesto, muitos procuraram o prefeito caiense Júlio Campani, questionando sobre melhorias nesta estrada. Além dele, ainda marcaram presença o vice-prefeito caiense, Mozart Hoff, e os prefeitos de Montenegro, Gustavo Zanatta, e de Harmonia, Ernani Forneck.
Moradora do bairro São Martim, Sônia Breier Machado, 42, gostaria que Capela de Santana e São Sebastião do Caí se unissem, a exemplo de Nova Roma do Sul e Farroupilha que reconstruíram a ponte levada pela enxurrada, para asfaltar a Estrada do Pinheirinho. "Por que aqui não conseguem fazer isso?", comentou.
As duas prefeituras já assinaram um convênio para realizar obras nas estradas do Pinheirinho e do Passo da Taquara. No caso do Pinheirinho, a iniciativa privada também vai colaborar com a doação de insumos.
"Será na segunda quinzena de março. Vamos alargar a estrada e deixar em condições de uso", informa Campani. No entanto, quem conhece bem a via acredita que não será uma tarefa fácil.
O poceiro Valci da Silva, 58, há cinco anos mora na Estrada do Pinheirinho, em Capela de Santana, próximo ao limite com São Sebastião do Caí. "Nunca vi uma máquina no lado da Capela. Só do outro lado. Volta e meia fica carro empenhado aqui. Ainda ontem [sexta-feira] socorri um", conta. Nesta manhã, ele usava restos de tijolos para tampar um buraco da rua.
A reportagem passou pela via neste sábado e precisou de 19 minutos para percorrer os cerca de quatro quilômetros, entre buracos, valetas e trechos com poças d’água.
Obras em breve
Sobre a Estrada do Passo da Taquara, na segunda-feira (4), Campani assinará, na Expodireto, em Não me toque, o financiamento de R$ 7,9 milhões com o Badesul. O pacote de obras prevê, entre outras melhorias na cidade, o asfaltamento de 1,7 quilômetro da estrada, com previsão de conclusão da obra para junho.
Com isso, dos 5,7 quilômetros de extensão, faltariam ainda para serem pavimentados 1,8 quilômetro, entre o limite com Capela de Santana até o entroncamento a RS-240.
A prefeitura capelense recebeu uma emenda de R$ 1,44 milhão para essa obra. O projeto já está cadastrado na Plataforma Mais Brasil, junto ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, mas sem informações de quando será executado.
A rota começa na altura do quilômetro 9,6 da RS-122, em São Sebastião do Caí, e vai até o cruzamento com o quilômetro 21 da RS-240, em Capela.