ANÚNCIO DA OMS
Final da emergência sanitária não significa fim da pandemia; vacinação segue fundamental
Declaração da Organização Mundial da Saúde na sexta-feira (5) é um alento, mas Covid segue infectando pessoas e autoridades sanitárias alertam sobre importância da vacinação
Última atualização: 07/03/2024 16:53
Na última sexta-feira (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). O virologista Fernando Spilki, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale, explica que isso significa que já não é mais necessário dar um destaque para a Covid-19 no sentido dela ser uma emergência acima de outros problemas de endemias, como a expansão da dengue ou o própria Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). No entanto, não significa que a pandemia acabou.
A partir da declaração da OMS haverá mudanças nas condutas em relação à Covid-19. "As mudanças são preconizadas pelo Ministério da Saúde e, quando houver uma manifestação, a Secretaria Estadual de Saúde acatará. É preciso entender o Sistema Único de Saúde (SUS) e sua configuração universal em todo o território nacional. Antes disso, não poderemos dizer o que mudará", explica a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri.
No geral, o que deve muda, conforme Spilki, é que antes se tinha um grau de prioridade elevadíssimo com esta doença, que continua sendo extremamente importante, mas no mesmo nível das outras citadas acima e da própria gripe."O comunicado da OMS recomenda que os países que antes trabalhavam com as medidas de vacinação do ponto de vista de emergência, quando elas não são incluídas no calendário nacional de vacinação, que passe a ser rotineiro para uma prevenção continuada das infecções", diz o virologista. Ele acredita que isso acontecerá no Brasil e que a vacinação contra a Covid integre o calendário nacional, a exemplo do que acontece com o vírus da gripe.
Internações caíram, mas continuam
A região R07 inclui os municípios de Araricá, Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Portão, Presidente Lucena, Santa Maria do Herval, São José do Hortêncio, São Leopoldo e Sapiranga.
Em Sapiranga, só em 2023, foram 1.028 novos casos da doença, com um óbito. Até a última semana, dois pacientes estavam internados, sendo um em leito clínico e outro em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Estância Velha teve um óbito este ano e 11 pessoas estão em acompanhamento com vírus ativo. Ivoti também teve um óbito em 2023, três pessoas estiveram internadas e 346 tiveram a doença.
Campo Bom contabilizou dois óbitos neste ano. Até a última semana, cinco moradores de Campo Bom estavam internados no Hospital Lauro Reus. Taquara não teve mortes, mas três pessoas precisaram ser internadas por causa da Covid-19.
Ministério reforça importância da vacinação e não anuncia mudanças
Em nota, o Ministério da Saúde lembra que o mais recente boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alerta para o crescimento de casos de Covid-19 em 17 Estados brasileiros. Por isso, reforça que a vacinação é fundamental para manter o controle sobre a disseminação do vírus e eventuais altas no número de casos e mortes. A Pasta informa que seguem valendo as orientações sobre medidas de prevenção e controle já conhecidas.
Para Spilki, a declaração da OMS é condizente com o panorama de um vírus para o qual, felizmente, existe vacina. "O avanço tem relação com a vacina e número de pessoas imunizadas. Mas é preciso que governos e indivíduos façam sua parte e mantenham-se vigilantes, atentos, tomando e aplicando a vacina."
Apesar da melhora nos números, doença circula nas cidades da região
O virologista reforça que o fim da emergência global não significa o fim da pandemia. Ele ressalta que a pandemia ainda está aí, os casos ocorrem e, algumas vezes, acabam em internação e óbito.
Em Novo Hamburgo, de janeiro deste ano até a última semana, 2.029 pessoas tiveram Covid-19.Também em 2023 foram registrados oito óbitos por decorrência da doença e tiveram 18 internações por Covid-19.
O secretário municipal de Saúde, Marcelo Reidel, pondera que mesmo ainda havendo casos, não se compara a outros períodos. Cita março de 2021, quando 330 pessoas ficaram internadas.
Para Reidel, o que ajudou para esta baixa foram as mais de 570 mil doses aplicadas em pouco mais de dois anos. “A vacinação em massa foi responsável pela diminuição dos casos graves e do número de internações.”
Ainda assim, mesmo com os números baixando, a doença segue circulando. Segundo os dados do Ministério da Saúde (MS), a Região Covid 07 (R07), que inclui cidades do Vale do Sinos, contabiliza 3.345 óbitos, mas sem novas mortes na última semana, quando 351 pessoas tiveram Covid-19.
Na última sexta-feira (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a Covid-19 não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). O virologista Fernando Spilki, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale, explica que isso significa que já não é mais necessário dar um destaque para a Covid-19 no sentido dela ser uma emergência acima de outros problemas de endemias, como a expansão da dengue ou o própria Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). No entanto, não significa que a pandemia acabou.
A partir da declaração da OMS haverá mudanças nas condutas em relação à Covid-19. "As mudanças são preconizadas pelo Ministério da Saúde e, quando houver uma manifestação, a Secretaria Estadual de Saúde acatará. É preciso entender o Sistema Único de Saúde (SUS) e sua configuração universal em todo o território nacional. Antes disso, não poderemos dizer o que mudará", explica a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri.
No geral, o que deve muda, conforme Spilki, é que antes se tinha um grau de prioridade elevadíssimo com esta doença, que continua sendo extremamente importante, mas no mesmo nível das outras citadas acima e da própria gripe."O comunicado da OMS recomenda que os países que antes trabalhavam com as medidas de vacinação do ponto de vista de emergência, quando elas não são incluídas no calendário nacional de vacinação, que passe a ser rotineiro para uma prevenção continuada das infecções", diz o virologista. Ele acredita que isso acontecerá no Brasil e que a vacinação contra a Covid integre o calendário nacional, a exemplo do que acontece com o vírus da gripe.
Internações caíram, mas continuam
A região R07 inclui os municípios de Araricá, Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Portão, Presidente Lucena, Santa Maria do Herval, São José do Hortêncio, São Leopoldo e Sapiranga.
Em Sapiranga, só em 2023, foram 1.028 novos casos da doença, com um óbito. Até a última semana, dois pacientes estavam internados, sendo um em leito clínico e outro em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Estância Velha teve um óbito este ano e 11 pessoas estão em acompanhamento com vírus ativo. Ivoti também teve um óbito em 2023, três pessoas estiveram internadas e 346 tiveram a doença.
Campo Bom contabilizou dois óbitos neste ano. Até a última semana, cinco moradores de Campo Bom estavam internados no Hospital Lauro Reus. Taquara não teve mortes, mas três pessoas precisaram ser internadas por causa da Covid-19.
Ministério reforça importância da vacinação e não anuncia mudanças
Em nota, o Ministério da Saúde lembra que o mais recente boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alerta para o crescimento de casos de Covid-19 em 17 Estados brasileiros. Por isso, reforça que a vacinação é fundamental para manter o controle sobre a disseminação do vírus e eventuais altas no número de casos e mortes. A Pasta informa que seguem valendo as orientações sobre medidas de prevenção e controle já conhecidas.
Para Spilki, a declaração da OMS é condizente com o panorama de um vírus para o qual, felizmente, existe vacina. "O avanço tem relação com a vacina e número de pessoas imunizadas. Mas é preciso que governos e indivíduos façam sua parte e mantenham-se vigilantes, atentos, tomando e aplicando a vacina."
Apesar da melhora nos números, doença circula nas cidades da região
O virologista reforça que o fim da emergência global não significa o fim da pandemia. Ele ressalta que a pandemia ainda está aí, os casos ocorrem e, algumas vezes, acabam em internação e óbito.
Em Novo Hamburgo, de janeiro deste ano até a última semana, 2.029 pessoas tiveram Covid-19.Também em 2023 foram registrados oito óbitos por decorrência da doença e tiveram 18 internações por Covid-19.
O secretário municipal de Saúde, Marcelo Reidel, pondera que mesmo ainda havendo casos, não se compara a outros períodos. Cita março de 2021, quando 330 pessoas ficaram internadas.
Para Reidel, o que ajudou para esta baixa foram as mais de 570 mil doses aplicadas em pouco mais de dois anos. “A vacinação em massa foi responsável pela diminuição dos casos graves e do número de internações.”
Ainda assim, mesmo com os números baixando, a doença segue circulando. Segundo os dados do Ministério da Saúde (MS), a Região Covid 07 (R07), que inclui cidades do Vale do Sinos, contabiliza 3.345 óbitos, mas sem novas mortes na última semana, quando 351 pessoas tiveram Covid-19.
A partir da declaração da OMS haverá mudanças nas condutas em relação à Covid-19. "As mudanças são preconizadas pelo Ministério da Saúde e, quando houver uma manifestação, a Secretaria Estadual de Saúde acatará. É preciso entender o Sistema Único de Saúde (SUS) e sua configuração universal em todo o território nacional. Antes disso, não poderemos dizer o que mudará", explica a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri.