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INCLUSÃO

Festival Paralímpico promove vivência esportiva para estudantes em Campo Bom

Foram disputadas as modalidades de vôlei sentado, bocha e futebol neste sábado

Joceline Silveira
Publicado em: 21/09/2024 às 13h:45 Última atualização: 21/09/2024 às 13h:50
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A primeira etapa do Festival Paralímpico 2024 movimentou a manhã deste sábado (21), no Complexo Cultural CEI, em Campo Bom. O evento para pessoas com e sem deficiência reuniu 60 crianças e adolescentes para uma manhã de vivências lúdicas de modalidades do paradesporto.

 Festival Paralímpico | abc+



Festival Paralímpico

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

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As modalidades disputadas foram vôlei sentado, goalball (futebol adaptado) e bocha adaptada. “O objetivo é dar protagonismo para os estudantes e divulgar o movimento paralímpico e suas modalidades, estimulando a prática de atividades físicas entre crianças com deficiência”, afirma André Luís da Silva, coordenador de Esporte Escolar da Prefeitura de Campo Bom (Smec).

Para a diretora do Setor de Inclusão da Smec, a realização do evento é bastante representativa para as pessoas com e sem deficiência. “Hoje, na rede municipal de ensino, contamos com 364 alunos de inclusão de todos os níveis e proporcionar momentos como este, onde eles experimentam novas modalidades e entendem que podem sim praticar esporte, é essencial no processo de integração”, diz.

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Não há limites

O ginásio foi dividido em três estações, onde as modalidades ocorreram de forma simultânea. Professores e instrutores auxiliaram as pessoas com deficiências físicas, intelectuais, com surdez ou autismo. Muitos familiares acompanharam as partidas nas arquibancadas, outros entraram em quadra literalmente com o motorista Josiel da Silva Pires (34).

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Acompanhado do filho Pierry Selzlein Pires, de 8 anos, ele acompanhou o pequeno na descoberta das modalidades olímpicas. “Ele brinca bastante no chão, mas nada assim adaptado, o que facilita para ele”, revela Josiel enquanto tentava acompanhar o ritmo acelerado do skate do filho.

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Festival Paralímpico

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

O garoto nasceu com a Síndrome de Regressão Caudal (CRS), também conhecida como Síndrome da Disgenesia Caudal ou Agenesia Sacral. Trata-se de uma doença congênita rara caracterizada por malformações da coluna vertebral, medula espinhal e membros inferiores.ara se locomover, ele utiliza o skate como meio de transporte. “Com ele posso ir onde quiser”, comenta Pierry que estava na expectativa de participar dos jogos de vôlei sentado. “Nunca tinha visto, mas quero experimentar”, compartilha ele.

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Festival Paralímpico

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

Quem também estava animada era a estudante Maria Suany Becker Ferreira, de 10 anos. Praticante de atletismo da Emef Princesa Isabel, em Campo Bom, a menina com má-formação congênita dos membros inferiores e cintura pélvica disputaria a modalidade de bocha e vôlei sentado.

“Gosto bastante de esporte e achei legal esses”, revela. “Eu fico emocionada, os médicos diziam que ela nunca andaria, até indicaram a possibilidade de amputar as perninhas, e agora ela está aí, mostrando que pode fazer tudo sim”, completa emocionada a dona de casa Edna Becker, 36, mãe de Suany.

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Evento nacional

O Festival Paralímpico Loterias Caixa de 2024 é promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Campo Bom (Smec). O evento foi realizado de forma simultânea em 121 localidades espalhadas pelas 27 unidades federativas do País.

O festival, que se estendeu das 9 horas ao meio-dia deste sábado, ocorre no mês de setembro em função da celebração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, que ocorre no dia 21, e ao Dia Nacional do Atleta Paralímpico, no dia 22.

A segunda etapa está programada para 7 de dezembro, em homenagem ao Dia Internacional da Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado no dia 3 do mesmo mês.

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