Começou neste sábado (4) a Festa do Figo de Nova Petrópolis. O evento ocorre no quilômetro 18 da RS-235, na Sociedade Cultural e Esportiva Linha Araripe. Suspensa nos dois últimos anos por conta das restrições devido à pandemia da Covid-19, a festa chega à sua 48° edição com expectativa de aumento no número de visitantes.
Foto: Eduardo Amaral/GES Especial
Os organizadores esperam receber 15 mil pessoas nos dois dias do evento, que termina neste domingo (5). “Por conta da pandemia, os eventos têm sido muito além das expectativas. Neste sábado mesmo, já servimos muito mais almoços do que nos anos anteriores”, compara Jonas Gottschalk, um dos organizadores.
Para ele, a festa é uma oportunidade de dar visibilidade aos produtores locais e escoar a produção de uma fruta que fica por pouco tempo disponível. “O figo só ‘dá’ entre janeiro e fevereiro, então é um período muito curto para aproveitar a fruta.”
Gottschalk também destaca a vitrine para pequenos agricultores exibirem outros produtos, como morangos, chimias e cucas. “Hoje temos 60 famílias na cidade que se dedicam à produção de figo, mas que também têm outros cultivos em suas propriedades.” Uma parte da produção de figo é destinada à indústria para produção de doces e geleias, mas, na festa, a fruta in natura chamava mais atenção dos consumidores.
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Negócio de família
Bruna Fernanda Mille se envolve com a festa desde criança, acompanhando a exposição do pai. No início da tarde de sábado, as primeiras 150 caixas de figo levadas para a venda já tinham acabado. “É a fruta mais procurada, esta primeira edição da festa pós-pandemia tem sido sensacional. As pessoas chegam a ter brilho nos olhos de ver a qualidade do produto.”
No espaço de trabalho de Bruna, além da fruta que dá nome ao evento, também são vendidos pêssegos, ameixas e compotas, mas o figo é mesmo o protagonista. “É muito gratificante para nós, porque a gente vê como a festa contribui com o município.”
Foto: Eduardo Amaral/GES Especial
O produtor Victor Schwartz comenta sobre a necessidade de cuidado especial com a fruta. “Como é muito delicada, ela precisa ser colhida todos os dias, por ser altamente perecível.”
Gottschalk relata que o verão tem sido de recuperação para os produtores, que sofreram com as geadas durante o período de inverno. “Por sorte, essa estiagem chegou quando a fruta já estava madura, então não houve tantos prejuízos e está sendo possível ter uma boa colheita.”
Parada turística
O casal de Brasília, Angela Maria Sobreira e Geraldo Magela viajou em direção à Serra neste sábado e decidiu fazer uma parada não programada. “Vimos a festa, o atrativo aqui, e paramos para conhecer. É muito interessante a festa, as atrações, vamos levar figo, uvas, várias coisas”, conta Angela.
Magela avaliou positivamente a realização do evento como forma de incentivo aos pequenos produtores. “Somos do Centro-Oeste e é sempre bom conhecer novas culturas, sempre tem algo interessante e aqui não foi diferente. Isso aqui é muito bom, porque incentiva a cultura local e a agricultura familiar.”
Programação de domingo
- 10h – Celebração Ecumênica
- 10h30 – Visitação à Feira de Expositores
- 11h30 – Almoço típico
- 15h – Festival de Bandas: Wilceu Pause e Banda, Brilha Som e Alma Nova
O evento ocorre na Sociedade Cultural e Esportiva Linha Araripe, no km 18 da RS-235. A entrada é gratuita.
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