Nos períodos mais quentes do ano, o número de acidentes com animais peçonhentos costuma aumentar. Entre esses encontros desagradáveis, estão os com as lagartas, que, em contato com a pele, causam aquela sensação de queimadura.
Esses bichinhos, na verdade, fazem parte do ciclo biológico de mariposas e borboletas. No Brasil, as famílias mais envolvidas em desastres são as Megalopygidae, conhecidas como “cabeludas”, e as Saturniidae, também chamadas de “espinhudas”.
Por conta disso, a Secretaria de Saúde de Igrejinha divulgou informações sobre como reconhecer e evitar acidentes com lagartas. Confira as orientações:
Lagartas
As cabeludas possuem cerca de um a oito centímetros de comprimento, são mais solitárias e têm “pelos” dorsais macios que camuflam as cerdas pontiagudas e urticantes. Quanto a coloração da penugem, podem ser castanhas, brancas, negras ou róseos.
Já as espinhudas, costumam viver em grupo e, ao invés de pelos, têm espinhos semelhantes a pequenos pinheiros. Para dificultar a identificação, elas costumam imitar as plantas que habitam. Entre elas, estão as lagartas da espécie Hylesia sp, que é a mais comum na região, e a Lonomia obliqua, que está associada aos acidentes mais graves quando em contato com humanos.
Sintomas após acidentes
Geralmente, acidentes com lagartas acontecem quando se toca em troncos de árvores ou ao manusear vegetação sem equipamento de proteção adequado. Edema, vermelhidão e dor intensa (com sensação de queimadura) que pode irradiar para outras partes do corpo são alguns dos sintomas que a pessoa pode sentir ao ter contato com o animal.
O quadro costuma melhorar em até 24 horas, sem outras complicações. Contudo, em casos mais graves, a pessoa pode apresentar dores de cabeça, mal-estar, náuseas e dor abdominal horas após o acidente. O quadro pode, inclusive, evoluir para uma hemorragia, em algumas situações.
Cuidados
A pasta de Igrejinha destaca que, após encostar em uma lagarta, é preciso lavar a região afetada com água fria, aplicar compressas geladas e manter o membro atingido elevado. A indicação é procurar o serviço de saúde mais próximo e não fazer uso de medicamentos antes da avaliação médica.
Ainda, a secretaria reforça que é importante notificar a equipe de Vigilância em Saúde do município onde o acidente ocorrer.
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