A Feira na Colônia Japonesa de Ivoti se despede de 2023 com diversos produtos gastronômicos e atividades para a comunidade. A última edição do ano ocorre neste domingo (17) até as 17 horas. A feira costuma ocorrer no último domingo de cada mês, mas foi antecipada pela celebração dos 57 anos da colônia japonesa e pelas festividades de fim de ano.
O evento conta com oficinas de origami, aula de defesa pessoal, apresentações de danças e muito mais. E, claro, tem a parte favorita dos visitantes: a gastronomia. A feira de Ivoti conta com diversos produtos de origem japonesa, como temperos, macarrão, sake, bolinho de arroz com alga, chás e até balas e chicletes.
“Acredito que o que mais conecta a cultura alemã com a japonesa é a gastronomia. As duas unem pessoas, tem um apelo muito forte”, diz a estudante e que atua na feira junto com a família, Iolanda Nakashima, 21 anos, que também fala da sua relação com a cidade e com o Japão.
“Minha avó veio do Japão com oito anos, minha mãe nasceu aqui, mas acabou voltando para o Japão e eu nasci lá. Quando eu tinha 5 anos voltamos para Ivoti”, comenta Iolanda.
Outra tradição tanto no Japão quanto no Brasil é o cultivo de suculentas. A agricultora Erica Myiabe,56, também vem de uma família de imigrantes japoneses e mora no município há 30 anos. “As suculentas que trazemos para a feira são de nosso cultivo. Participamos de todas as edições da feira e recebemos gente de várias cidades, como Caxias do Sul, Porto alegre e cidades da região”, relata a produtora rural que também fala sobre como ter a planta em casa.
“Não é muito difícil de cuidar. Ideal é molhar pouco e ter em um local com claridade. Dependendo da variedade, vai precisar de mais ou menos sol.”
E tem até karaokê na Feira na Colônia Japonesa. O agricultor aposentado Osamu Sada, 78, cantou canções em japonês e celebrou com seus amigos. “Moro em Gravataí, onde também tem feira da colônia japonesa, e sempre venho no evento em Ivoti. Eu vim do Japaõa para o Brasil bem jovem, com 14 anos. Em 1986 cheguei a voltar para o Japão, mas depois vim para o Brasil novamente e estou aqui até hoje”, explica o senhor Sada.
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