Começou nesta quarta-feira (24) e segue até sábado (27) a 33ª edição da Feira do Livro de Portão. Promovida pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com o Sesc São Leopoldo, a feira tem o patrocínio do Sicredi e ocorre no Centro de Eventos Antônio Carlos Dias, na Rua 9 de Outubro, 190, Centro. O evento, com o tema “Semeando a leitura, colhendo conhecimento”, tem como patronesse a escritora Rosane Castro.
Além das 12 bancas de livreiros, a feira tem como atrações apresentações culturais, oficinas e atividades paralelas, com biblioteca móvel e contação de histórias. “É um evento já consolidado no calendário do município, um dos maiores eventos promovido pela Secretaria da Educação. É uma satisfação e motivo de orgulho poder proporcionar leitura e cultura para a nossa comunidade escolar”, pontua a secretária de Educação, Rosaura Gomes.
Vales-livros
De acordo com a secretária, desde 2018 o município distribui vales-livros entre os estudantes e professores das escolas municipais e conveniadas para serem usados durante a feira. Neste ano, foram entregues, segundo ela, 5.400 vales de R$ 30 cada para os alunos e cerca de 400 no valor unitário de R$ 40 para profissionais da Educação. “O vale proporciona que os estudantes saiam da feira com os seus próprios livros. É um incentivo para que se crie o hábito da leitura ainda na infância e um estímulo na criação de futuros leitores”, destaca.
A programação da feira ocorre diariamente das 8 às 20 horas. O evento é gratuito e aberto ao público em geral. A cada dia, as atividades são organizadas para um público específico. Nesta quinta-feira (25) a visitação será das turmas de 1º ao 4º ano da rede municipal e alunos da Apae.
Primeiro dia dos pequenos
O primeiro dia da feira foi destinado à visitação dos pequenos da Educação Infantil. Entre os que passaram durante a manhã pelo Centro de Eventos, estiveram os alunos da Escola Visconde de Mauá. Agatha Brito, 6, e Nicolas Lottermann Almeida, 6, aproveitaram os vales recebidos para comprar seus livros preferidos. “Eles têm autonomia para escolher o que eles quiserem. O que a gente faz é dar uma orientação, porque, às vezes, eles escolhem títulos que não são para a faixa etária deles”, comenta a professora Amanda Eismann Cornelius, 29 anos. “A visita à feira é um programa excelente, já que valorizamos muito a leitura na escola”, completa.
Chance de bons negócios para livreiros e leitores
Morador de Canela, Luiz Antônio Cechinato, 59, trabalha vendendo livros há mais de 20 anos e há três participa da Feira do Livro de Portão. Na banca dele, o foco é literatura infantil e infantojuvenil, com opções de livros que variam de R$5 a R$30. “Tem para todos os gostos e os vales-livros que os estudantes recebem é uma ferramenta muito importante, pois incentiva a compra de livros e por ser um valor que, dependendo do título que eles escolhem, oportuniza a compra de mais de um livro por estudante”, diz. Para ele, que trabalha com o ramo da literatura, a feira é oportunidade de bons negócios. Mas não apenas disso.
“É sobretudo uma forma de estimular a leitura, principalmente entre as crianças, que atualmente estão tão focadas no mundo virtual”, pontua.
Para os amantes dos livros, a programação é sinônimo de boas compras. “É um dos meus eventos preferidos na cidade. Amo ler e todos os anos venho conferir a programação e sempre acabo saindo com algumas compras. Aqui encontramos títulos que muitas vezes não achamos nas livrarias”, comenta a professora Ana Clara de Lima, 40.
A emoção da patronesse Rosane Castro
Patronesse do evento, a escritora Rosane Castro é moradora de Cachoeirinha e autora de livros infantis como “O voo de Lisbela”, “Alma” e “De quem é a casa”. No ano passado ela já havia participado da feira em Portão como contadora de histórias.
“Naquela oportunidade já havia achado o evento incrível. Fiquei muito lisonjeada e honrada com o convite. Para quem trabalha com literatura, é a culminância do investimento em um projeto. Recebi com muita gratidão o convite desta cidade que tem sido uma grande incentivadora da leitura”, comenta.
Rosane, que é graduada em Letras e pós-graduada em história e cultura indígena e africana começou a escrever livros em 2012. Para ela, o gosto pela leitura é algo que começa na infância. “Por isso é tão importante o estímulo e o exemplo dentro de casa. Este é um hábito que tem que se criar ainda criança e não pode ser perdido”, comenta a patronesse.
LEIA TAMBÉM
- Categorias
- Tags