VAI AUMENTAR
Farmácias mantêm valores e registram aumento nas vendas de medicamentos antes do reajuste
Em Novo Hamburgo, estabelecimentos tiveram movimento alto nos últimos dias e ofereceram descontos aos consumidores
Última atualização: 31/03/2024 16:10
Consumidores aproveitaram o final de semana para adquirir medicamentos sem o reajuste de 4,5% nos valores até então praticados. Na manhã de domingo (31), a movimentação era tímida em farmácias da Avenida Pedro Adams Filhos, no Centro de Novo Hamburgo, mas funcionários informaram que na Sexta-Feira Santa e no Sábado de Aleluia houve grande procura por remédios.
Três estabelecimentos ouvidos pela reportagem informaram que os novos preços devem entrar em vigor na segunda-feira (1º). Porém, há quem não descarte a possibilidade dos preços permanecerem por mais dias. Nos últimos dias, descontos foram oferecidos aos consumidores.
"Geralmente a rede São João segura [o valor] por quatro, cinco dias. Só que esse ano eu não sei se vão segurar. Ainda não temos essa informação oficial", declarou o balcofarmacista da filial 13 da Farmácia São João, Carlos Furtado.
A assistente de atendimento da Panvel, localizada na Avenida Pedro Adams Filho, Débora Patrícia Santos da Silva, informou na manhã de domingo que a maioria dos clientes aproveitou para comprar medicamentos de laboratórios que ofereceram descontos. Na unidade, uma placa anunciava que era possível comprar três e pagar dois.
A vendedora da Maxxi Econômica Farmácias, Rúbia Reinheimer, também destaca a procura antecipada e a quantidade de medicamentos. "Desde segunda-feira, o pessoal aproveitou as promoções e compraram em quantidade e parcelaram", frisa, reforçando que os novos valores devem vigorar a partir de segunda-feira.
Semana de pesquisa e compras
A aposentada Maria Lurdes Welter Oliveira, 82 anos, acompanhada da filha, a professora aposentada Adriana Breidenbach, 58, esteve no domingo em uma farmácia para buscar medicamentos distribuídos gratuitamente pelo governo.
De uma lista de 12 medicamentos, oito precisam ser pagos pela idosa ou por suas filhas, como frisa. "É muito caro. É em torno de 200 reais. Para mim está muito ruim e as filhas já pagam convênio e, por isso, já comprei na semana passada", conta.
A recomendação de Maria e sua filha Adriana é fazer pesquisa. "Tem que procurar onde é mais barato", declara Adriana.
Ela salienta que a família acaba sendo o apoio, pois os medicamentos que não são dados pelo governo, acabam subindo muito e para a pessoa que ganha só aposentadoria e que não tem muito aumento, acaba inflacionando. "Tem a alimentação que também é cara, que subiu, e mais farmácia. Tudo isso acaba gerando muitos custos para a vida da pessoa", arremata Adriana.