NOVA DIREÇÃO
Famurs muda gestão em meio a crise climática vivida no Estado
Luciano Orsi deixa o comando da entidade que ficará sob a responsabilidade de Marcelo Arruda
Última atualização: 28/05/2024 19:55
Em uma cerimônia mais reservada, a nova diretoria da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), tomou posse nesta terça-feira (28). A cerimônia na qual o prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi (PDT), passou o cargo de presidente da instituição para as mãos de Marcelo Arruda (PRD), prefeito de Barra do Rio Azul, cidade localizada no Alto Uruguaia, Norte do Estado que faz divisa com Santa Catarina.
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A posse de Arruda, que contou com a participação do governador Eduardo Leite (PSDB), foi marcada pela discussão sobre as chuvas e enchentes que castigam o Estado desde o início de maio. “Temos que pensar, após esse momento de reconstrução, conseguir agilizar as moradias para que (as pessoas) tenham um lugar para viver e ajudar os nossos empreendedores.” Diferente dos demais anos, o ato acontece na sede da Federação, em consideração e respeito ao momento difícil que vive todo o Rio Grande do Sul, pós desastre climático.
O novo presidente terá de mediar a pauta principal das enchentes com as disputas políticas em um ano de eleições municipais. “Acredito que tem que separar o 'p' de partido e olhar o 'p' de pessoas. Agora é hora de buscar informações técnicas, científicas, ouvir nossas universidades para realmente poder discutir coisas viáveis, não podemos levar para o campo da discussão política e eleitoral", disse Arruda.
Missão difícil
Durante todo o seu mandato, Orsi enfrentou as primeiras grandes enchentes históricas que atingiram o Rio Grande do Sul, sendo justamente prefeito de uma cidade atingida pelas cheias. "Foi uma situação bastante difícil, a gente tinha todo um planejamento, mas acho que executamos quase todo, mas claro que em uma condição melhor poderíamos ter feito mais”, avaliou o prefeito.
No seu período de mandato o cenário piorou, mas mesmo assim. Orsi considera que não será simples para o novo presidente da Famurs superar as divergências político ideológicas. “A expectativa não é de um período fácil, esse agora já é um período de questão humanitária, teremos sem dúvida uma queda de arrecadação com aumento de demanda. É muito difícil fazer isso em um ambiente de disputa eleitoral. Isso tende a dificultar a unidade que precisamos, porém, a gente, como entidade, vai procurar trabalhar na preservação desse meio coletivo de auxílio, apoio e solidariedade, que se pense mais nas cidades do que no umbigo de cada um."
Outras pautas
Para além das enchentes e dificuldades climáticas, o novo presidente da Famurs também garante ter outras pautas municipalistas que pretende implementar durante seu mandato. "Defendo muito os acessos asfálticos, vamos voltar a falar. Também trazer a pauta da agricultura, e uma outra pauta é a modernização e automatização dos municípios para que possam estar acessando tudo na palma da mão”, apontou Arruda, que acredita ser possível que todos os municípios do Estado consigam oferecer serviços “na palma da mão” para seus habitantes.
Junto com Arruda, também tomaram posse os vice-presidentes: prefeita de Balneário Pinhal, Márcia Tedesco (PRD); prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata (PDT); prefeito de Jacutinga, Carlos Alberto Bordin (PP); prefeito de Alegrete, Márcio Amaral (MDB); prefeito de Mostardas, Moises Pedone (PSDB); prefeito de Nova Santa Rita, Rodrigo Battistella (PT); e prefeito de Barros Cassal, Adão Camargo (PSB).