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SOLIDARIEDADE

Família faz campanha para custear tratamento de técnica de enfermagem de Ivoti; saiba como ajudar

Jovem de 24 anos buscou atendimento por mais de um ano, mas tratamento não surtiu efeito e agora ela depende de hemodiálise

Eduardo Amaral
Publicado em: 31/03/2024 às 21h:28 Última atualização: 31/03/2024 às 21h:28
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Mãe de dois filhos, a técnica em enfermagem Patrícia Maria Hanauer, moradora de Ivoti,
enfrenta há mais de um ano a angústia causada pela doença da filha Katrine Hanauer Da Silva, 24 anos. Ela precisa se deslocar quase diariamente para Canoas, onde a filha está internada para tratamento no Hospital Nossa Senhora das Graças. Os custos de deslocamento e alimentação começaram a pesar no orçamento da família, que abriu uma campanha pedindo doações nos gastos.

Katrine apresenta um quadro de paralisia nos rins e família enfrenta dificuldades financeiras durante a internação | abc+



Katrine apresenta um quadro de paralisia nos rins e família enfrenta dificuldades financeiras durante a internação

Foto: Arquivo Pessoal

Os problemas de saúde Katrine começaram em agosto de 2023, exatos nove meses após a técnica em enfermagem dar à luz a Isis, sua primeira filha. Patrícia conta que a filha, que na época trabalhava no Hospital Regina, em Novo Hamburgo, começou a sentir os primeiros sintomas de uma endometriose. “Eram dores insuportáveis na barriga, costas, na altura dos rins. Então ali começou toda a luta de ir em UBS, hospitais em emergências atrás de uma solução”, relembra.

Mas ao longo de meses a peregrinação por médicos e diferentes atendimentos nunca resultou em uma solução. De acordo com Patrícia, durante todo esse período os médicos tratavam apenas os sintomas, com tratamentos à base de medicamentos para dor.

Contudo, o cuidado apenas com os sintomas não era suficiente, e acabou tendo uma influência direta na vida de Katrine que perdeu o emprego, muito em razão das inúmeras faltas ao longo do tempo em razão das dores.

Ironicamente, foi também graças à demissão que ela finalmente conseguiu fazer os exames necessários que nunca haviam sido solicitados pelos outros médicos. “Para pedir a ressonância magnética, ela teve que pedir para a doutora e brigar dentro do consultório para ela conseguir uma requisição, e então fez particular com o dinheiro da recisão”, relata Patrícia, lembrando que a filha só conseguiu fazer o exame no dia primeiro de fevereiro deste ano.

Mais dificuldades

A ressonância apontou que um quadro de endometriose, após os exames a família esperava que Katrine tivesse um atendimento melhor, mas a situação seguiu a mesma. “Ela não conseguia mais ficar em pé, não conseguia mais dormir, vomitava muito, e mesmo com exame nas mãos a gente não conseguia internar”, relembra Patrícia.

Katrine apresenta um quadro de paralisia nos rins e família enfrenta dificuldades financeiras durante a internação | abc+



Katrine apresenta um quadro de paralisia nos rins e família enfrenta dificuldades financeiras durante a internação

Foto: Arquivo Pessoal

Foi preciso buscar um advogado para conseguir um atendimento pela rede pública, orientação que a família diz ter recebido inclusive por gestores públicos. Os custos do advogado foram pagos pelo padrinho de Katrine. Internada, ela descobriu que os tratamentos paliativos nas inúmeras buscas por médicos deixaram um rastro. “Com o uso excessivo de anti-inflamatório acabaram correndo as vias renais dela”, conta.

O quadro chegou a um limite extremo, com os rins de Katrine parando e ela fazendo hemodiálise. Patrícia consegue visitar a filha durante a semana com o veículo do governo municipal, porém aos finais de semana o gasto da viagem entre Ivoti e Canoas fica a encargo da família.

Já em Canoas, os médicos seguem investigando se o caso de endometriose não evoluiu para um câncer. Enquanto isso, a mãe de Katrine reveza com o esposo da filha os cuidados dela no hospital enquanto o restante da família ajuda especialmente no cuidado com Isis, de um ano e quatro meses. “Tem a sogra dela que cuida da filhinha, daí a gente vai se revezando, às vezes vem madrinha, às vezes vem tia. Toda a família está muito unida.”

Pedido de ajuda

Após mais de uma semana de internação da filha, Patrícia lançou na semana passada uma campanha virtual para arrecadar dinheiro e custear os gastos de alimentação, transporte e outros em razão da doença da filha. Mesmo tendo sido sua última alternativa, Patrícia se mostra envergonhada.

“Eu não queria ter feito mas eu não tenho de onde tirar também”, afirma Patrícia. Até este domingo (31) a campanha online havia arrecadado R$ 1,81 mil, sendo que a meta é de R$ 3 mil. Os interessados em doar podem fazer através do site vakinha.

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