UM ANO DEPOIS
Família de São Leopoldo relembra de acidente em parque de diversões
Queda de carrinho de montanha-russa aconteceu em fevereiro de 2022
Última atualização: 23/01/2024 12:38
O dia 8 de fevereiro vai ficar sempre marcado para a família de São Leopoldo que na mesma data, em 2022, sofreu um acidente em um parque de diversões, em Imbé, no Litoral Norte. O lugar que era para ser de diversão virou pesadelo para eles, isso porque o carrinho de montanha-russa que carregava três adultos e uma criança despencou de uma altura de aproximadamente oito metros.
Por sorte as quatro pessoas sobreviveram, mas conviveram com uma recuperação longa de ferimentos e perderam a coragem de passar perto de um parque de diversões. "Nunca mais queremos saber de parques, só de chegar perto de algo parecido, já ficamos em pânico, pois foi um trauma muito grande para todos nós", afirma Ana Campos, 26 anos, uma das vítimas.
Atualmente, recuperados dos ferimentos físicos, eles lutam para sarar as sequelas que carregam na memória. "Tem vezes que sentimos dores nas regiões atingidas, mas nada grave. Tentamos seguir nossas rotinas normais, trabalho e estudos, mas às vezes parece que nada daquilo foi real, pois não dá para acreditar que isso poderia acontecer com nós. Tem vezes que temos certos pesadelos com aquela noite, vezes em que acordamos chorando, tem vezes que vem uma tristeza enorme dentro de nós, foi um ano muito difícil. Mas, estamos cercados de pessoas boas que estão sempre nos ajudando para seguir em frente", desabafa Ana.
Ana e o marido Julio Cesar Correa de Campos, 33, estavam na praia comemorando o aniversário dele, que é dia 7 de fevereiro, e no dia seguinte resolveram aproveitar o parque.
"Decidimos levar a Mariana, 10, que é minha irmã, para curtir os brinquedos e aconteceu isso. Podemos dizer que o que aconteceu após o acidente foi um milagre divino, pois Deus cuidou de nós nos mínimos detalhes. O que ocorreu, não desejamos para ninguém, pois ali, metaforicamente 'morremos' e renascemos", acrescenta Ana.
A cunhada de Ana também os acompanhou no passeio e teve os piores ferimentos.
Recuperação dolorosa
Ana conta que a recuperação deles foi um pouco dolorosa e até hoje alguns remédios são tomados. A cunhada Eliandra de Vargas Machado, 26, foi a que mais se feriu entre os quatro. "Eliandra quebrou a coluna, os dois tornozelos, o pulso esquerdo, costelas, fora os órgãos internos", explica Ana, que salienta que não ficaram sequelas físicas na cunhada.
Mesmo com a rotina corrida, Ana e o marido tentam aproveitar os amigos sempre que possível. "Priorizamos a nossa família, pois não sabemos como será o dia de amanhã", reforça Ana, lembrando que tudo é motivo de comemorar. "Inclusive juntamos todos os amigos e parentes para comemorar o dia de aniversário do Julio".
"Somos gratos a Deus, aos amigos e familiares e todas as pessoas que nos ajudaram a estar aqui hoje. Nossa história reforça que as pessoas precisam ter mais empatia uns com os outros, manter a segurança e os cuidados devidos em equipamentos e locais em geral, pois estão lidando com vidas. Essas tragédias não devem mais ocorrer por negligência dos responsáveis", salienta Ana.
Perícia apontou as causas do acidente
O caso do acidente envolvendo a família leopoldense virou investigação da Polícia Civil. Na época, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou que o descarrilamento e capotamento do carrinho aconteceu por causa do excesso e da má distribuição de peso no brinquedo. A investigação constatou ainda que o brinquedo não estava bem nivelado e descumpria normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O parque também não possuía documentações obrigatórias.
O inquérito terminou com indiciamento por lesão corporal com dolo eventual dos proprietários de duas empresas do ramo e o engenheiro mecânico, responsável pela estrutura.
Além disso, a família processou o parque de diversões. "Na minha opinião havia questões de alvarás, por parte da prefeitura de Imbé e Bombeiros, mas concordamos em processar apenas o parque", explica Ana.
Sem parque no local
Segundo o prefeito de Imbé, Luis Henrique Vedovato, a administração acompanhou com atenção todos os desdobramentos do caso. "Entendemos o caso como um acidente que, infelizmente, teve consequências sérias com as pessoas que acabaram feridas. Prestamos todas as informações solicitadas e continuamos à disposição para quaisquer esclarecimentos que sejam necessários."
No lugar onde ficavam o parque hoje há uma arena de shows. O município não proibiu instalações de parques, mas não teve solicitações neste ano. "Mesmo com o ocorrido, pelo fato do parque ter ficado por muitos anos no mesmo local, muitas pessoas dizem estranhar a ausência do parque", relata o prefeito.
O dia 8 de fevereiro vai ficar sempre marcado para a família de São Leopoldo que na mesma data, em 2022, sofreu um acidente em um parque de diversões, em Imbé, no Litoral Norte. O lugar que era para ser de diversão virou pesadelo para eles, isso porque o carrinho de montanha-russa que carregava três adultos e uma criança despencou de uma altura de aproximadamente oito metros.
Por sorte as quatro pessoas sobreviveram, mas conviveram com uma recuperação longa de ferimentos e perderam a coragem de passar perto de um parque de diversões. "Nunca mais queremos saber de parques, só de chegar perto de algo parecido, já ficamos em pânico, pois foi um trauma muito grande para todos nós", afirma Ana Campos, 26 anos, uma das vítimas.
Atualmente, recuperados dos ferimentos físicos, eles lutam para sarar as sequelas que carregam na memória. "Tem vezes que sentimos dores nas regiões atingidas, mas nada grave. Tentamos seguir nossas rotinas normais, trabalho e estudos, mas às vezes parece que nada daquilo foi real, pois não dá para acreditar que isso poderia acontecer com nós. Tem vezes que temos certos pesadelos com aquela noite, vezes em que acordamos chorando, tem vezes que vem uma tristeza enorme dentro de nós, foi um ano muito difícil. Mas, estamos cercados de pessoas boas que estão sempre nos ajudando para seguir em frente", desabafa Ana.
Ana e o marido Julio Cesar Correa de Campos, 33, estavam na praia comemorando o aniversário dele, que é dia 7 de fevereiro, e no dia seguinte resolveram aproveitar o parque.
"Decidimos levar a Mariana, 10, que é minha irmã, para curtir os brinquedos e aconteceu isso. Podemos dizer que o que aconteceu após o acidente foi um milagre divino, pois Deus cuidou de nós nos mínimos detalhes. O que ocorreu, não desejamos para ninguém, pois ali, metaforicamente 'morremos' e renascemos", acrescenta Ana.
A cunhada de Ana também os acompanhou no passeio e teve os piores ferimentos.
Recuperação dolorosa
Ana conta que a recuperação deles foi um pouco dolorosa e até hoje alguns remédios são tomados. A cunhada Eliandra de Vargas Machado, 26, foi a que mais se feriu entre os quatro. "Eliandra quebrou a coluna, os dois tornozelos, o pulso esquerdo, costelas, fora os órgãos internos", explica Ana, que salienta que não ficaram sequelas físicas na cunhada.
Mesmo com a rotina corrida, Ana e o marido tentam aproveitar os amigos sempre que possível. "Priorizamos a nossa família, pois não sabemos como será o dia de amanhã", reforça Ana, lembrando que tudo é motivo de comemorar. "Inclusive juntamos todos os amigos e parentes para comemorar o dia de aniversário do Julio".
"Somos gratos a Deus, aos amigos e familiares e todas as pessoas que nos ajudaram a estar aqui hoje. Nossa história reforça que as pessoas precisam ter mais empatia uns com os outros, manter a segurança e os cuidados devidos em equipamentos e locais em geral, pois estão lidando com vidas. Essas tragédias não devem mais ocorrer por negligência dos responsáveis", salienta Ana.
Perícia apontou as causas do acidente
O caso do acidente envolvendo a família leopoldense virou investigação da Polícia Civil. Na época, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou que o descarrilamento e capotamento do carrinho aconteceu por causa do excesso e da má distribuição de peso no brinquedo. A investigação constatou ainda que o brinquedo não estava bem nivelado e descumpria normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O parque também não possuía documentações obrigatórias.
O inquérito terminou com indiciamento por lesão corporal com dolo eventual dos proprietários de duas empresas do ramo e o engenheiro mecânico, responsável pela estrutura.
Além disso, a família processou o parque de diversões. "Na minha opinião havia questões de alvarás, por parte da prefeitura de Imbé e Bombeiros, mas concordamos em processar apenas o parque", explica Ana.
Sem parque no local
Segundo o prefeito de Imbé, Luis Henrique Vedovato, a administração acompanhou com atenção todos os desdobramentos do caso. "Entendemos o caso como um acidente que, infelizmente, teve consequências sérias com as pessoas que acabaram feridas. Prestamos todas as informações solicitadas e continuamos à disposição para quaisquer esclarecimentos que sejam necessários."
No lugar onde ficavam o parque hoje há uma arena de shows. O município não proibiu instalações de parques, mas não teve solicitações neste ano. "Mesmo com o ocorrido, pelo fato do parque ter ficado por muitos anos no mesmo local, muitas pessoas dizem estranhar a ausência do parque", relata o prefeito.
Por sorte as quatro pessoas sobreviveram, mas conviveram com uma recuperação longa de ferimentos e perderam a coragem de passar perto de um parque de diversões. "Nunca mais queremos saber de parques, só de chegar perto de algo parecido, já ficamos em pânico, pois foi um trauma muito grande para todos nós", afirma Ana Campos, 26 anos, uma das vítimas.