O desaparecimento de Flávio dos Santos, de 39 anos, completa um mês nesta segunda-feira (9). O trabalhador residente de Paulínia-SP estava desde o início de novembro em Canoas para prestar serviços de manutenção para a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Na noite de 9 de dezembro após sair de uma festa e entrar em um carro com quatro pessoas, ele não foi mais visto.
Flávio ficaria em Canoas até concluir o serviço previsto para encerrar entre março e abril deste ano. A esposa e os dois filhos do casal permaneceram em Paulinha e aguardavam pelo retorno do trabalhador.
“Ele já havia prestado serviços em Canoas e também em outros Estados. Por conta do trabalho, ele fica alguns meses longe de casa. Estava tudo certo para passarmos as festas de fim de ano juntos”, relata Reyjane Antônia da Silva Santos, esposa de Flávio.
Sem pistas sobre a localização do marido, Reyjane conta que as últimas semanas são uma mistura de esperança e apreensão. “Têm dias que estou mais confiante e positiva, mas em outros, penso que o pior pode ter acontecido”, desabafa.
A dona de casa diz não saber o que pode ter acontecido com o marido. “Um colega de trabalho dele me disse que no dia em que desapareceu, eles assistiram um jogo de futebol, depois foram para um churrasco e após isso o Flávio foi deixado em casa. Já de noite, ele me avisou que iria para um bar com venda de lanches, mas não falou nada sobre ir a uma festa”, ressalta Reyjane.
A esposa acredita que as últimas mensagens que recebeu não eram do marido. “Já vou pra casa. Tô aqui em Poa com uns amigos”. “Estou aqui curtindo, não me atrapalha”. Essas foram as mensagens que Reyjane recebeu do celular de Flávio já na tarde de 10 de dezembro. “Depois disso, nenhuma mensagem mais foi enviada e não mais consegui contato. Os dias agora são de angústia”, finaliza.
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Linhas investigativas
O delegado da Delegacia de Polícia Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Canoas, Robertho Peternelli explica que o caso possui quatro principais linhas investigativas.
“As possibilidades são muito variadas. Desde um possível homicídio ou sequestro, até envolvimento com drogas ou simplesmente um ‘ghost’ que é quando a pessoa decide sumir por vontade própria da vida das pessoas que conhece”, justifica Peternelli.
A Polícia e a família aguardam o quebra de sigilo bancário de Flávio para poder dar esclarecer pontos da investigação. “Devido ao recesso de fim de ano, a demora é maior. A partir da quebra podemos encontrar ou não respostas”, salienta o responsável pelo caso.
Segundo a esposa de Flávio, ele teria sido visto por no dia 27 de dezembro na rodoviária de Porto Alegre. Fato não confirmado pela Polícia. Para denúncias anônimas disque: 0800.6420.121.
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