SÃO LEOPOLDO
Família cobra explicações do Hospital Centenário após morte de menino de 8 anos
Kaio Henrique de Farias Klauck faleceu no dia 26 de outubro após sofrer infecção generalizada
Última atualização: 28/11/2023 09:23
Após a morte de Kaio Henrique de Farias Klauck, de 8 anos, no dia 26 de outubro, depois de uma apendicectomia feita na Fundação Hospital Centenário (FHC), familiares e amigos da vítima protestaram no bairro Feitoria. A manifestação ocorreu no último sábado (25), no palquinho da Avenida Integração, e teve o objetivo de cobrar a FHC a respeito da fatalidade.
O pai do menino, Diego Henrique Klauck, 39, criticou a fundação. Ele denunciou a FHC à 3ª Delegacia de Polícia Regional na sexta-feira (24). No boletim de ocorrência, Klauck descreve o acontecido e alega que não recebeu explicações da FHC e que os laudos vieram rasurados.
Entenda o caso
No dia 20 de outubro, Diego Henrique levou Kaio à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Scharlau devido à apendicite. No mesmo dia, a criança foi levada de ambulância ao Hospital Centenário para fazer a cirurgia e recebeu alta no dia 23 do mesmo mês.
No dia 25, Kaio sentiu dores na barriga, no lado contrário ao da cirurgia. Na madrugada do dia 26, Diego voltou à FHC com o menino, que foi entubado às 5 horas da manhã, mas não havia ambulância para levá-lo ao Hospital da Criança Conceição (HCC), em Porto Alegre. A viatura levou-o ao HCC apenas às 13 horas, onde a equipe médica não conseguiu salvá-lo. Foi informado à família a causa da morte foi uma infecção generalizada.
Diego Henrique relata ainda que sua esposa, Keila de Farias, está em depressão profunda devido ao ocorrido. "Fomos aos prantos, nos agarramos e chorávamos muito", contou Diego. "Eu não aguentei, desmaiei pois foi uma punhalada que recebemos, uma cirurgia tão simples de apendicite."
FHC diz que tomou providências
Em nota, o Centenário lamentou a fatalidade e afirmou que está apurando o acontecido no hospital, bem como a causa da morte junto ao HCC. A FHC explicou que solicitou transferência imediata pela regulação do Samu estadual, que foi negada.
“A equipe solicitou, então, vaga de UTI pediátrica, via Sistema de Regulação de Leitos do Estado, a qual foi disponibilizada no final da manhã do dia 26 de outubro e transferido para o Hospital Conceição através de ambulância do Samu”, acrescentou. A instituição alegou, por fim, que fez contato com a família para prestar informações e apoio psicológico.
Polícia Civil investiga
A 3ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, que registrou o boletim de ocorrência de Diego Henrique, afirmou que encaminharia o caso à 1ª DP. Por sua vez, a 1ª DP respondeu através de sua delegada titular, Cibele Savi. “Vamos instaurar um procedimento para entender melhor o que ocorreu e se houve alguma falha com o menino.”