PROVOCAR O DEBATE PÚBLICO

Falta de efetivo pode provocar fechamento de quartéis do Corpo de Bombeiros no RS, alerta associação

Abergs emitiu nota para pedir mais efetivo e cobrar horas-extras para manter guarda-vidas nas praias durante o período de veraneio

Publicado em: 18/01/2024 17:07
Última atualização: 18/01/2024 17:07

A Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs) divulgou nota, nesta quinta-feira (18), para chamar a atenção da sociedade e pressionar o governo para a falta de efetivo e necessidade de aparelhamento dos quartéis, para a manutenção dos serviços realizados pelo Corpo de Bombeiros Militares (CBMRS).

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Coordenadoria da Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs) reunida para deliberar reivindicações da categoria Foto: Divulgação/Abergs

O centro da reivindicação da Abergs, que tem aproximadamente dois mil bombeiros militares associados, é a falta de efetivo e a possibilidade de contratação de bombeiros temporários. De acordo com o tenente-coronel aposentado José Henrique Ostaszewski, coordenador geral da entidade, a falta de recursos humanos pode provocar o fechamento de quartéis pelo Estado.

Ostaszewski destaca que a atividade de bombeiro requer exigências múltiplas para o cumprimento das atividades diárias, como combate a incêndio e atendimento pré-hospitalar. Logo, “precisa de efetivo em número suficiente para garantir a resposta aos chamamentos e evitar o fechamento de quartéis”.

Abergs cobra chamamento de 400 aprovados em concurso e solicita liberação de horas-extras

Após esgotar as tentativas de resolver as demandas no campo administrativo, a Associação de Bombeiros decidiu tornar o assunto público. Conforme o dirigente, a necessidade de investimentos no CBMRS é reivindicada há várias gestões, inclusive, para a atual. “Esse é um problema desde a emancipação do Corpo de Bombeiros. Enquanto os governos não apresentarem políticas públicas de inclusão contínua para a instituição, estaremos em muitos casos atuando de forma precária”, avisa.

Por isso, a Abergs apresentou a pauta de necessidades e elegeu as prioridades de curto, médio e longo prazo. Uma das ações imediatas seria o chamamento de 400 pessoas aprovadas no concurso de 2016, último realizado pelo governo e que ainda está ativo. Além disso, solicitam a liberação de recursos a título de hora-extra para o custeio das atividades operacionais, para manter em funcionamento os quartéis, viaturas de resgate e as atividades de guarda-vidas durante a Operação Verão.

A médio prazo, a entidade reivindica a realização de novo concurso público para o preenchimento das vagas em aberto e a abertura de processo simplificado para a contratação de soldados temporários. “Uma lei federal já permite a contratação de temporários, podendo chegar a 50% do efetivo de carreira por um período de oito anos. Estamos falando em quase 1.500 servidores. Isso resolveria parte do problema”, explica.

Por fim, a longo prazo, a Abergs solicita a ampliação do efetivo previsto e das unidades de bombeiros militares e a implementação de um plano para contratação contínua e permanente de efetivo.

A reportagem procurou a Secretaria de Segurança Pública (SSP/RS) e o Corpo de Bombeiros Militar para que se manifestassem sobre o assunto. Entretanto, até o fechamento desta matéria, os dois órgãos ainda não haviam retornado o contato.

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