PREOCUPANTE
FALTA DE ÁGUA: Com escassez de chuva, companhias de água e saneamento voltam a falar sobre risco de desabastecimento
Análise da MetSul preocupa sobre início da estiagem no Estado
Última atualização: 11/01/2025 08:39
A previsão do tempo não agrada quem está à espera de uma chuva para aliviar o calorão dos últimos dias. O Rio Grande do Sul deve permanecer por pelo menos mais um semana com chuva escassa e mal distribuída, segundo dados meteorológicos analisados pela MetSul Meteorologia.
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Um dos problemas ocasionados por essa situação, considerada preocupante pela MetSul, é a estiagem, que já começa a se instalar em parte do Estado. É provável que várias cidades gaúchas não vejam sinal de chuva pelos próximos sete dias. No entanto, as regiões que tiverem instabilidade irão recebê-las de forma isolada.
Essa instabilidade é conhecida popularmente como as “chuvas de verão”. “Uma vez que a atmosfera está aquecida, estas pancadas isoladas podem ser fortes e com curta duração em alguns pontos e não se pode descartar a ocorrência de temporais de caráter bastante localizado com queda de granizo e rajadas de vento”, explica a MetSul.
Região também sente o calorão
A elevação das temperaturas também é sentida pelas cidades da região, entre elas, Campo Bom é uma das que mais registram máximas elevadas durante o dia. Segundo o voluntário da Estação de Climatologia de Campo Bom, Nilson Wolff, a previsão de seca deve se agravar nos próximos dias. “Tivemos uma boa precipitação no dia 1º de janeiro, mas, de lá para cá, o ar seco já está inibindo a formação de nuvens”, afirma.
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Com isso, a estimativa é que a falta de chuva siga intensa. “Em todos os anos que ocorreu o fenômeno La Niña no Estado, tivemos escassez de chuva — isso já está sendo mostrado e comprovado. Nossa previsão é que a seca pode se agravar nos próximos dias e o nível do Rio dos Sinos baixar bastante, mas mesmo em graves secas, não houve problemas sérios de desabastecimento no Vale dos Sinos”, reforça Wolff.
Além disso, a situação do mês de janeiro tem surpreendido Wolff. “Esse janeiro está bastante ameno, o terceiro mais tranquilo em 40 anos. A temperatura tem caído bem à noite, mas as próximas semanas reservam temperaturas mais elevadas”, frisa.
Falta de água
Sem chuva, a preocupação sobre um possível desabastecimento de água acaba voltando à comunidade. Em Novo Hamburgo, o novo diretor-geral da Companhia Municipal de Saneamento (Comusa), Paulo Kopschina, destaca que já está em contato com as equipes técnicas. “Desde o primeiro dia à frente da Companhia, buscamos reunir todas as informações sobre este tema junto às equipes técnicas da Comusa. Até o momento, não há qualquer possibilidade de desabastecimento de água no município”, afirma.
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A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) também está atuante para evitar a falta de água. O planejamento da Corsan teve início ainda no final do ano passado, quando iniciou uma série de ações para assegurar o abastecimento nas cidades da região atendidas pela companhia.
Entre essas ações, está o novo poço artesiano em Nova Santa Rita, que está em fase de acabamento. A cidade de Morro Reuter deverá receber uma operação parecida em breve. Além disso, foram feitas limpezas preventivas para manter a vazão ideal nos sistemas de captação de água para tratamento nos rios dos Sinos, Paranhana e Rolantinho.
O Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), de São Leopoldo, também foi procurado pela reportagem, que não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.