No cargo desde setembro do ano passado, a embaixadora da Alemanha no Brasil, Bettina Cadenbach, faz sua primeira visita fora da capital federal. E a honra de receber a diplomata coube justamente ao Rio Grande do Sul – que em 1824 recebeu as primeiras levas de imigrantes alemães. Ainda encantada pela hospitalidade e familiaridade com o povo gaúcho, Bettina participou de um café da manhã com jornalistas na manhã desta quarta-feira (17), no Hotel Double Tree by Hilton, em Porto Alegre. “Nunca se falou tanto do Brasil lá na Alemanha”, garantiu, citando a Amazônia, as enchentes e, é claro, o Bicentenário da Imigração Alemã para o Brasil entre os assuntos de interesse na Europa, atualmente. Aliás, a embaixadora promete retornar ao Estado em breve. “Gostaria de conhecer Gramado e Santa Cruz do Sul. Espero estar presente nas comemorações em julho.”
Sobre o Bicentenário da Imigração Alemã, Bettina reforçou que as comemorações devem ir além do olhar para o passado, mas também projetar a aproximação com a Alemanha do presente e do futuro.
Ela mencionou que são inúmeras possibilidades de parcerias para a educação, a capacitação profissional e os negócios. “Minha passagem aqui está sendo fantástica. Todos os encontros foram muito produtivos”, afirmou Bettina.
Além de atender a imprensa, a embaixadora cumpriu outros compromissos ao longo da semana, como visita ao Palácio Piratini para falar com o governador Eduardo Leite e também à Fraport, empresa alemã que é a operadora do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na capital.
Pautas sobre tecnologia e cooperação científica
Ao longo de quase uma hora, o governador Eduardo Leite e a embaixadora Bettina Cadenbach falaram sobre a aproximação entre o Rio Grande do Sul e a Alemanha em pautas como produção de hidrogênio verde, inovação, tecnologia e cooperação científica. O encontro ocorreu na terça-feira no Palácio Piratini.
Leite disse que a agenda da transição energética está muito presente no Estado e que o governo trabalha para avançar no setor de hidrogênio verde. “Hoje, 80% da nossa energia é de fontes renováveis. Acreditamos que o Rio Grande do Sul tem um grande potencial na área e condições competitivas para a produção de hidrogênio verde, com uma grande demanda interna”, afirmou. “Contratamos uma consultoria e estamos desenvolvendo um projeto para viabilizar a produção. Sabemos que a Alemanha está trabalhando muito nesse tema também, e por isso a nossa aproximação é importante.”
O Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil também foi assunto da conversa.
No fim da visita, o governador e a embaixadora trocaram lembranças que simbolizam suas origens e caminharam pelas instalações do Palácio Piratini.
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