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MPRS E BM

Facção volta a ser alvo de operação contra tráfico de drogas em condomínio do litoral norte

Grupo é investigado vender entorpoecentes em Santo Antônio da Patrulha e ocupar apartamentos em residencial do município

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Publicado em: 07/02/2023 às 08h:21 Última atualização: 23/01/2024 às 13h:13
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Após 20 pessoas serem presas em agosto de 2022, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e a Brigada Militar atuaram em conjunto nesta terça-feira (7) para combater a prática de tráfico de drogas em um condomínio de Santo Antônio da Patrulha, que possui 240 apartamentos. Nesta manhã, são cumpridos três mandados de prisão no município. Também são cumpridos 19 mandados de busca e apreensão: oito dentro do residencial e 11 em outros endereços, sendo sete em Santo Antônio da Patrulha, dois em Caraá e dois na Penitenciária Modulada Estadual de Osório.

De acordo com o MPRS, a ação desta terça ocorre após a coleta de provas feita em agosto do ano passado. Além dos investigados, foi descoberto que outras pessoas estariam envolviam com a prática criminosa no condomínio.

Após a primeira fase da operação, os criminosos mudaram a forma como era feita a venda de entorpecentes. Conforme a investigação, eles começaram a vender drogas fora das dependências do residencial, em pontos de fácil acesso pelos fundos. Apesar disso, imóveis ainda eram ocupados por integrantes da facção. Apurou-se ainda que parte do grupo atuava diretamente na venda, recolhimento do dinheiro obtido e armazenamento da droga, enquanto outras pessoas eram responsáveis pelo transporte dos integrantes da facção e de entorpecentes. Segundo o MPRS, um dos investigados é proprietário de uma comunidade terapêutica destinada ao tratamento de dependentes químicos.

“Embora a Operação Retomada tenha conseguido retirar grande parte dos agentes envolvidos no tráfico, sabemos que as facções criminosas sempre buscam restabelecer seu domínio territorial. É o que estava acontecendo, na medida em que novas pessoas ligadas ao grupo atuavam no residencial”, explica o promotor de Justiça Camilo Vargas Santana.

Primeira fase

A organização criminosa começou a ser investigada no ano passado por obrigar moradores do condomínio, mediante ameaça, a guardarem drogas em seus apartamentos. Além disso, a facção armazenava entorpecentes em apartamentos próprios e alugados no residencial e em casas nas proximidades. Ao todo, eles adquiriram 20 apartamentos no residencial.

Conforme o MP, a facção é comandada por dois irmãos, presos na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas. O grupo trazia a droga da região metropolitana de Porto Alegre e a estocava nos apartamentos. A venda dos entorpecentes era feita em frente ao condomínio e os moradores que não colaboravam com a prática eram obrigados a abandonar suas casas.

Em agosto de 2022, 20 pessoas foram presas durante operação conjunta do MPRS e da Brigada Militar (BM) em Santo Antônio da Patrulha, em Canoas e nas penitenciárias de Charqueadas e Osório. Do total, sete foram presos em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de armas.

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