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EXPOINTER: Cerveja de butiá, sorbet de erva-mate e chope que harmoniza com rapadura: agroindústrias abusam da criatividade

Espaço da Agricultura Familiar conta com mais de 400 expositores de diversas partes do país

Laura Rolim
Publicado em: 28/08/2024 às 18h:51 Última atualização: 28/08/2024 às 18h:51
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O pavilhão da Agricultura Familiar é um dos mais movimentados da 47ª Expointer, que começou no último sábado (24) e vai até o próximo domingo (1), em Esteio. Neste ano, a feira conta com número recorde de participantes, com mais de 400 expositores. Entre os produtos mais procurados pelos visitantes estão os embutidos e produtos coloniais. No espaço, além dos itens tradicionais, há produtos que brilham aos olhos dos consumidores, como cerveja de butiá, sorbet de erva-mate e farofa de pequi.

Pavilhão da Agricultura familiar é um dos mais visitados na Expointer | abc+



Pavilhão da Agricultura familiar é um dos mais visitados na Expointer

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

O espaço também conta com laticínios diversos, pães, cucas, biscoitos, doces, geleias, mel e uma variedade de bebidas alcoólicas, como vinhos, espumantes e cachaças. Mas é claro que entre tantas opções, os visitantes sempre procuram experimentar aquelas com receitas diferenciadas, e com gostos até exóticos para o paladar.

Um desses produtos que chamam a atenção na Expointer são os sabores de sorbet oferecidos pela Agroindústria Vila Nova, de Porto Alegre, que incluem erva-mate, butiá e até sagu. Conforme a proprietária Luci Mara Silva Almeida, 49, que participa desde 2021 da Expointer, o que diferencia o produto do sorvete ou do gelato é a composição de ingredientes, já que não vai leite.

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“Quando eu participei a primeira vez da Expointer, percebi que não tinha muitos produtos orgânicos. Por isso, decidi fazer um sorvete orgânico. Ficamos um ano tentando as composições do produto com biomassa, inhame e até batata doce. Precisávamos de algo para dar a liga. Até que testamos com aipim e foi quando começou a dar certo”, explica.

Segundo Luci, os ingredientes para a produção do sorbet incluem a fruta, o aipim para dar a cremosidade e o açúcar para adoçar. Já para desenvolver os sabores de erva-mate e sagu, a produtora conta que decidiu criar a receita como forma de homenagear os gaúchos. “O gaúcho ama chimarrão. E eles adoraram. Misturei a erva com o aipim e deu certo. A mesma coisa com o sabor de sagu. Queria algo que trouxesse à memória das pessoas o sabor desses dois produtos”, afirma Luci.

Luci Mara Silva Almeida | abc+



Luci Mara Silva Almeida

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Cerveja de butiá, doce de buriti e farofa de pequi

Ainda na linha das frutas, outro produto que faz sucesso entre os visitantes é a cerveja de butiá, que apesar de ser uma fruta bastante conhecida no Rio Grande do Sul, a receita do produto veio de Montes Claros, em Minas Gerais. Segundo o técnico da cooperativa Grande Sertão, Breno Soares, há uma variedade enorme de butiá na região norte do estado.

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“É uma cerveja bastante apreciada na nossa região. E a ideia surgiu da vontade de conseguirmos agregar mais valor aos produtos de lá. Além de contarmos com a polpa da fruta, de conseguir comercializar de outra forma”, explica Soares.

Além disso, quem costuma parar para tomar o chopp de butiá, acaba se interessando também pela farofa de pequi e o doce de buriti, dois produtos dificilmente encontrados no Rio Grande do Sul. O assistente administrativo e morador de Porto Alegre Rafael Brum 35, decidiu experimentar. “São coisas que geralmente não vemos no mercado. Aproveitei para comprar a cerveja de butiá e a farofa de pequi, por não ser daqui. Gostei bastante”, avalia.

Breno Soares | abc+



Breno Soares

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Chope que harmoniza com rapadura

Já para quem gosta de provar novos sabores e harmonizações, o chopp sabor caramelo e rapadura, produzido em Santo Antônio da Patrulha pela agroindústria de Pedro Kaltbach, é uma das experiências mais surpreendentes do Pavilhão. Além da criatividade na produção do sabor, a bebida harmoniza bem se consumida com pedaços de rapadura.

A ideia do chopp surgiu para uma feira do Município, a Fenacan, e desde então tem despertado a curiosidade de quem experimenta. “Resolvemos fazer uma receita que remetesse a esses ingredientes, e utilizamos açúcar mascavo para isso. Com a levedura própria da cerveja, a gente consegue obter essas notas de caramelo e rapadura”, explica o estreante da feira.

O cervejeiro também ressalta que a receita escolhida é apropriada para o inverno, já que a é mais encorpada e com maior teor alcoólico. Para quem chega no estande, de cara se surpreende com a proposta. A artesã Manuela Lied, 41, de Nova Petrópolis, conta que nunca tinha experimentado o sabor. “Achei perfeita. Muito boa”, comenta.

Pedro Kaltbach | abc+



Pedro Kaltbach

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

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