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SOLIDARIEDADE

Expedição Nordestchê faz entrega de doações a atingidos pelas cheias no Rio Grande do Sul

Com ônibus do projeto, voluntários vieram do Rio Grande do Norte para São Leopoldo, trazendo alimentos, roupas e água

Priscila Carvalho
Publicado em: 19/08/2024 às 16h:52 Última atualização: 19/08/2024 às 17h:00
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“Dois Rio Grandes e um só coração”. É com esse lema que integrantes da Expedição Nordestchê saíram do Rio Grande do Norte para auxiliar atingidos pelas cheias de maio no Rio Grande do Sul. Em um ônibus, voluntários trouxeram centenas de litros de água, quilos de alimentos e peças de roupas, além de muito carinho e vontade de fazer a diferença.

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Com ônibus do projeto, voluntários do Nordestchê estiveram em São Leopoldo para entregar doações



Com ônibus do projeto, voluntários do Nordestchê estiveram em São Leopoldo para entregar doações

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

A ideia surgiu do leopoldense Leandro Palharini, que mora no município de Parnamirim (RN) desde 2013. Lá, ele fundou uma instituição, na continuidade de um trabalho iniciado em Porto Alegre. “Atendemos famílias carentes. Temos 50 famílias cadastradas no projeto, que recebem comida todo final de semana”, contou, citando outras ações que realizam através da entidade.

“O lema que temos lá é ‘Aquilo que está ocupando o seu espaço pode preencher o vazio de alguém’. As pessoas doam e a gente faz essa reposição para quem precisa: recolhe, se tiver que consertar, conserta e repassa”, relatou, destacando também o trabalho desenvolvido em parceria com a Ceasa, onde são distribuídas cestas básicas com verduras e frutas para as famílias mais carentes da região.

Unidade móvel

Por meio da unidade móvel do projeto, um ônibus 1991 doado à instituição por um morador de Porto Alegre, a entidade também atende moradores de rua, distribuindo refeições.

Quando ocorreram as enchentes no Rio Grande do Sul, a Ceasa então avisou que se voltaria para ajudar o Estado, e Leandro, como gaúcho, pensou em fazer o mesmo. Por pouco mais de um mês, o antigo ônibus rodou por Parnamirim para arrecadar donativos diversos aos atingidos pela cheias.

Depois de uma conversa com a filha, que mora em São Leopoldo, Palharini decidiu, então, trazer tudo que conseguiu para o Sul. Entre imprevistos pelo caminho, a viagem de vinda durou 15 dias.

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4 mil km e 11 estados percorridos até São Leopoldo

“Deixamos gente cuidando lá, arrumamos o ônibus, pneu, suspensão, freios, com a ajuda de parceiros, e viemos embora. Foram mais de 4 mil quilômetros, atravessamos 11 estados descendo”, comentou Palharini, que veio com a esposa, Maria das Neves Palharini, e o amigo José Ribeiro de Araújo, acolhido na instituição e que é o motorista da viagem. “Até aqui Deus nos ajudou através de anjos na estrada. A gente ganhou comida o tempo todo, muitos restaurantes foram sensíveis e nos ajudaram”, disse o fundador do Nordestchê.

“De coração”

O ônibus chegou na sexta-feira (9) e ficou em São Leopoldo até a terça-feira (13), quando entregou parte das doações a um líder comunitário local, que repassará a famílias necessitadas. Depois, o trio foi a Porto Alegre para entregar o restante dos donativos em um abrigo. No total, foram cerca de 200 litros de água, uma tonelada de alimentos e várias sacolas de roupa trazidos do estado nordestino para os gaúchos. “Nossa intenção era de dar o que pudéssemos oferecer, de coração”, enfatizou Palharini, lembrando ainda os altos custos com combustível para completar o trajeto.

Neste domingo (18), a expedição iniciou o roteiro de volta à Parnamirim. Quem quiser ajudar a expedição, colaborando com qualquer valor para o combustível do ônibus, pode entrar em contato pelo telefone (84) 98658-5816 (Leandro).

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