NO AGUARDO

Exército adia início dos trabalhos junto ao dique entre Novo Hamburgo e São Leopoldo

Prefeita de Novo Hamburgo afirma que estrutura do dique está comprometida após transbordo e solapamento durante a enchente

Publicado em: 10/07/2024 11:07
Última atualização: 10/07/2024 14:34

Equipes técnicas do Exército e do Instituto Militar de Engenharia (IME), que virão do Rio de Janeiro, devem levar pelo menos mais 10 dias para chegar a Novo Hamburgo para iniciar a operação de avaliação e intervenção junto ao dique.  

A estrutura, que colapsou durante a enchente histórica, fica entre o bairro Santo Afonso e a Vila Brás, em São Leopoldo, e protegia ambos os territórios de inundações em períodos de cheia do Rio do Sinos. 


Obras emergenciais foram realizada no dique entre a Vila Brás e o bairro Santo Afonso Foto: Débora Ertel/GES-Especial

O novo prazo para o início dos trabalhos foi confirmado nesta terça-feira (9), pela assessoria do Comando Militar do Sul. Conforme a assessoria, neste primeiro momento, o Departamento de Engenharia e Construção deve enviar uma equipe para realizar o levantamento topográfico da estrutura anti-enchente construída pelo governo federal na década de 70.

O levantamento deve ser realizado ao longo de toda a extensão da estrutura, que é de 21 quilômetros, sendo 2,5 quilômetros em Novo Hamburgo e o restante em São Leopoldo. As demais etapas do trabalho ainda não foram detalhadas.

A previsão inicial, segundo a prefeitura de Novo Hamburgo, era de que os trabalhos começassem nos primeiros dias de julho. Ainda em maio, professores do curso de Engenharia de Fortificação e Construção do IME estiveram em Novo Hamburgo para avaliar a condição do dique após o rompimento parcial da estrutura no limite entre os municípios durante a enchente registrada entre o final de abril e o mês de maio.

Prefeita de Novo Hamburgo garante que estrutura do dique está comprometida

No início desta semana, durante sua fala no Seminário Desafios da Região Metropolitana - O que fazer após a maior enchente da história do RS, promovido pelo Grupo Sinos, a prefeita de Novo Hamburgo afirmou que a estrutura do dique está comprometida.


08/07/2024 SEMINÁRIO GES - FATIMA DAUDT Foto: Paulo Pires/GES

Fatima Daudt usou o espaço para detalhar as ações do governo diante da maior catástrofe climática já registrada no Rio Grande do Sul. Ela explicou que comprometimento foi gerado pelo fato de a estrutura do dique ter sido atingida pela água em ambos os lados, devido ao transbordo e pelo solapamento que aconteceu no lado de São Leopoldo, nos fundos da casa de bombas da Santo Afonso.

“Os diques não foram projetados para um evento como este, por isso, posso dizer que essas estruturas estão comprometidas. O custo de não fazer a recomposição imediata desses diques é grave”, colocou.

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