OPERAÇÃO ANAMNESE

Ex-prefeita de Estância Velha é denunciada à Justiça Federal

Ação é resultado de operação deflagrada em 2019 e que apontou fraudes na gestão da saúde municipal

Publicado em: 09/05/2023 16:20
Última atualização: 07/03/2024 16:14

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta segunda-feira (8) a ex-prefeita de Estância Velha Ivete Grade por diversos crimes. A denúncia é resultado das investigações da Operação Anamnese, deflagrada no dia 14 de maio de 2019, para investigar supostas fraudes na gestão da saúde municipal.


Ex-prefeita Ivete Grade é uma das denunciadas pelo MPF Foto: Divulgação/Arquivo

Além da ex-prefeita, que comandava o município na época da operação, foram indiciadas outras 12 pessoas, entre ex-servidores públicos e empresários. As investigações começaram com a Polícia Civil (PC) e Ministério Público Estadual (MP/RS).

Mas, de acordo com o procurador da República em Novo Hamburgo, Celso Tres, que apresentou a denúncia, como o caso envolvia verbas federais, acabou ficando sob a responsabilidade do MPF. As denúncias foram apresentados na 5ª Vara Federal de Novo Hamburgo. 

Contraponto

Ivete se defende e afirma que "não existe nada" que a incrimina. "Somente no final do parecer, relatam que eu estava no exercício de minha função, que é assinar documentos que vem do departamento de licitação. Igual a função de todos os prefeitos."

Segundo a ex-prefeita, seu nome foi envolvido no caso devido a disputas políticas. "Cito perseguição política por ser ano que antecede as eleições de 2024", disse Ivete, que não é mais filiada a nenhum partido.

O advogado de Ivete, Brauli Pires, afirma que a defesa só se manifestará após a Justiça decidir se aceita ou não a denúncia contra sua cliente, afirmando que não é possível se manifestar antes disso.

Relembre o caso

Em maio de 2019 uma operação deflagrada pela PC levou à prisão preventiva três representantes que atuavam ou haviam trabalhado na Secretaria Municipal de Saúde de Estância Velha. Entre os detidos estavam uma ex-secretária, o titular da pasta na época, que no dia da operação estava afastado por motivos de saúde, e a secretária interina.

As investigações apontavam irregularidades no contrato entre o poder público e uma empresa responsável por exames de imagem. Segundo as investigações, a empresa teria recebido de forma irregular R$ 2 milhões.

Além disso, era apontado que exames eram cobrados do poder público mas não eram realizados. Além dos servidores públicos, empresários também foram denunciados nesta terça-feira.


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