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Reconstrução

"Eufóricos": Moradores de área isolada celebram passo importante sobre ponte levada pelas águas do Rio Caí

Ponte da VRS-843 foi levada durante maior catástrofe do Rio Grande do Sul

Publicado em: 09/08/2024 às 12h:07 Última atualização: 09/08/2024 às 12h:07
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Uma simples assinatura alegrou os moradores de Feliz nesta semana. A informação de que o governo do Estado assinou a ordem de serviço que confirma a construção da nova ponte na VRS-843 chegou em bom momento, visto que a população segue utilizando uma pinguela provisória como passarela para conseguir atravessar a cidade, que é dividida pelo Rio Caí. (Veja foto abaixo)

A ponte antiga foi levada pela força das águas em maio. Prevista para ter 120 metros, a nova estrutura deve ser concluída no segundo semestre de 2025. O documento foi assinado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) no Palácio Piratini.

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Ponte da VRS-843 foi levada pela força das águas na enchente de maio. | abc+



Ponte da VRS-843 foi levada pela força das águas na enchente de maio.

Foto: Letícia Prior Breda

Segundo uma estimativa da Prefeitura de Feliz, a ponte que ligava a cidade ao bairro de Picada Cará e ao município de Linha Nova tinha passagem de 500 carros por dia. Para quem precisava se deslocar diariamente pelo trecho, o impacto foi grande.

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É o caso do empresário Joaquim José Poersch, 67 anos, que reside de um lado do Rio Caí, e tem uma fábrica de adubo no bairro que acabou isolado com a perda da ponte. O felizense precisa se deslocar diariamente pela improvisada pinguela para acessar o local de trabalho.

“Não consigo levar materiais novos. Quando preciso fazer isso, tenho que ir pelo bairro Bananal ou por Bom Princípio. Estamos alegres e eufóricos, precisamos dessa ponte nova”, comemora.

O empresário Joaquim José Poersch precisa atravessar todos os dias a pinguela provisória para acessar o local de trabalho.  | abc+



O empresário Joaquim José Poersch precisa atravessar todos os dias a pinguela provisória para acessar o local de trabalho.

Foto: Letícia Prior Breda

A situação se repete com o aposentado Nestor Klein, 60, que mora no bairro Picada Cará e sentiu na pele o isolamento do restante da cidade. “A locomoção ficou praticamente inútil. A pinguela nos ajuda bastante, pois ficamos um tempo praticamente isolados. A ponte do Rio Caí foi prometida para 50 anos e durou 37, até o rio levá-la”, afirma.

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Prefeitura está animada

Quem também comemorou foi o prefeito da Feliz, Junior Freiberger (PSD), que considera a situação do município bastante crítica, já que as duas principais pontes da cidade foram impactadas pela cheia do Rio Caí: a da VRS-843 e a centenária Ponte de Ferro, patrimônio tombado da cidade.

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Com a falta de ambas as estruturas, os moradores da comunidade precisam rodar mais de 20 quilômetros por rotas alternativas para acessar municípios vizinhos. “A falta da ponte da VRS-843 se somou com a ponte centenária de ferro, que também precisou ter uma medida drástica de fechamento por três meses”, explica Freiberger.

Pinguela é a alternativa da prefeitura para solucionar problema de acesso dos moradores da Feliz aos demais bairros e municípios.  | abc+



Pinguela é a alternativa da prefeitura para solucionar problema de acesso dos moradores da Feliz aos demais bairros e municípios.

Foto: Letícia Prior Breda

Segundo o prefeito, a Ponte de Ferro está liberada apenas para pedestres, enquanto a alternativa para a da VRS-843 foi a construção da pinguela provisória, uma medida emergencial para atender a população. No entanto, essa não foi a única.

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“Tivemos que criar uma segunda base do Samu, por exemplo, para minimizar os impactos, além de pensar na logística da Defesa Civil, Bombeiros, Brigada Militar e transporte escolar. Talvez por isso que o governo estadual acabou colocando como prioridade essa obra, pois o caos estava instaurado”, destaca.

O secretário de Infraestrutura da Feliz, Márcio Henrique Muller, esclarece que a ponte da VRS-843 é de responsabilidade do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem (Daer). O investimento de R$ 11,7 milhões é oriundo do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Após a assinatura da ordem de serviço para início da construção, o prazo é de 90 dias para a execução do projeto e de 12 meses para a realização da obra, que será feita pela empresa Trilha Engenharia, de Santa Catarina. Já a Ponte de Ferro, pertence ao município.

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Enquanto as obras na VRS-843 ainda não iniciaram, a ponte centenária recebe maquinários. A estimativa da administração municipal é que a reestruturação finalize até o dia 15 de outubro, o que trará uma sensação de retorno à normalidade para os moradores.

“Depois da queda da ponte na VRS-843 e a restrição da Ponte de Ferro, precisamos reinventar a secretaria para conseguir transitar entre os bairros. Foi um impacto para todos, por isso reestruturamos uma forma de trabalho para que se consiga atender ambos os lados da cidade”, reforça Muller.

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